Era para ser mais uma mesa-redonda para discutir o papel da mulher na política, mas na prática virou uma espécie de comício, em pleno Fórum Social Mundial, em Belém, no Pará. Assim que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, adentrou o palco, apresentada como uma das debatedoras, os petistas que lotavam o auditório entoaram o jingle da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, agora com outro nome: "Olê, olê, olê, olá... Dilma, Dilma" E imediatamente engataram outro refrão de campanhas petistas: "Brasil! Urgente! Dilma presidente!" O tema do debate, promovido pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, não poderia ser mais apropriado para a ministra, apontada como a preferida de Lula para sucedê-lo na Presidência. Logo na abertura, a governadora paraense Ana Julia Carepa, primeira mulher eleita para a chefia de um Estado sob a sigla do PT, saudou: Estamos chegando a um momento muito importante da nossa República, o momento de termos uma mulher na Presidência. Depois do debate, durante entrevista coletiva, Dilma respondeu se considera que o País está preparado para eleger uma mulher presidente. Disse que o povo brasileiro está preparado tanto para eleger uma mulher quanto um negro ou um índio. Antes da entrevista, ao discursar para a plateia, ela já havia dito que nosso País é tão democrático que um torneiro mecânico chegou à Presidência?.Estadão.
Ao lado de Dilma Rousseff, Fátima Cleide defendemaior participação da mulher na política
- O Brasil não pode prescindir da presença das mulheres no Congresso, nas Câmaras, nas Prefeituras, na Presidência da República. Não é só para colocar mais mulheres no poder, mas para fazer a grande diferença - disse.
Já para a ministra Dilma - que foi recebida pelos participantes do Fórum que lotaram a tenda em homenagem à Revolução Cubana aos gritos de "Brasil! Urgente! Dilma presidente!" -, a presença das mulheres nas instituições políticas demonstra o grau de amadurecimento democrático das sociedades. A ministra também falou sobre a "dupla condição da mulher" e observou que, enquanto "guardiãs do espaço privado", as mulheres tendem a ter uma compreensão mais ampliada do espaço público.
- A dimensão do universal, pela mulher, vem de sua sensibilidade em relação ao espaço privado - disse. Para a ministra chefe da Casa Civil, o reconhecimento, por parte do governo federal, da necessidade de criação de uma secretaria para garantir a presença igualitária das mulheres na sociedade foi um passo importante contra a discriminação sexual no Brasil. E a materialização desse processo, pontuou ela, foi a aprovação da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Dilma Rousseff também defendeu as políticas de inclusão social do governo Luiz Inácio Lula da Silva, sua política econômica e o papel do Estado como indutor do crescimento e do desenvolvimento. Senado.
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