Agora: O governo reduzirá os juros cobrados do financiamento imobiliário que usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para todos os mutuários -mesmo para aqueles que não comprarem uma casa incluída no programa habitacional do governo, lançado na quarta-feira. A medida foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e começará a valer quando for publicada no "Diário Oficial" da União, segundo informou ao Agora Jorge Hereda, vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal. Serão beneficiados os mutuários com renda entre R$ 1.875 e R$ 2.790, que terão juros menores do que os atuais. Eles poderão escolher imóvel que quiserem, que será financiado pela Caixa. Hoje, quem ganha de R$ 1.875 a R$ 2.000 paga juros de 7,16%, mais TR (Taxa Referencial). Os que recebem de R$ 2.000,01 a R$ 4.900 têm taxas de 8,16%, mais TR. Com a mudança na tabela, os juros para quem tem renda de R$ 1.395 a R$ 2.325 passarão para 5%, mais TR. Os empregados que ganham de R$ 2.325 a R$ 2.790 pagarão 6%, mais TR. Quem tem renda familiar de até R$ 4.900 continuará pagando a taxa de juros anual de 8,16%, mais TR. Assim, quem tem uma renda familiar de R$ 2.100, por exemplo, terá uma redução na taxa de juros de 8,16% para 5% ao ano, mais TR. "Essa mudança é mais benéfica para a classe média que o próprio pacote do governo", diz Maria Henriqueta Alves, assessora técnica do Conselho Curador do FGTS. Segundo a Caixa Econômica Federal, as mudanças no financiamento imobiliário sairão até o dia 13 de abril, mesma data em que os novos juros deverão começar a valer na prática nas agências. O prazo para pagar o financiamento será de até 30 anos, e os valores máximos dos imóveis serão de R$ 130 mil (para DF, SP, RJ e regiões metropolitanas), R$ 100 mil ou R$ 80 mil. Outros bancos, como Santander, Real, Itaú e Nossa Caixa, também operam com crédito imobiliário com recursos do FGTS e deverão seguir a nova regra das taxas de juros. O Banco do Brasil deve começar operar a linha em breve. Os juros do financiamento com FGTS já são mais baixos do que os praticados pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que utiliza os recursos da poupança. As taxas no SFH variam de 8,9% a 11,5% ao ano, mais a TR.
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