O editorial do jornal O Globo mostra porque o PIG deseja Serra, do PSDB/DEM, governando o Brasil. No último ano do trágico governo de FHC, no apagar das luzes, ele havia enviado ao Congresso um projeto de flexibilização das leis trabalhistas. Fernando Henrique Cardoso enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 5.483/2001. Esse projeto regulamenta a chamada "flexibilização das relações de trabalho" que o então Presidente da República pretendia implantar no país. Seriam retirados vários benefícios conquistados pelos trabalhadores. Diz o texto: "como demonstra a CLT, principal causa de a metade dos trabalhadores sobreviver na informalidade". Para lucrar mais, as elites não querem registrar seus empregados, pagar impostos e direitos trabalhistas. O trabalhador que se dane. Para os donos da mídia, é assim que tem ser, e esse é o pensamento de Serra e do PSDB/DEM. A esperança das elites e dos donos da mídia -- para que o trabalhador perca seus direitos e eles fiquem ainda mais ricos -- está depositada no Serra, do PSDB/DEM.
O editorial de O Globo mostra que a mídia está alinhada com PSDB do Serra também sobre as privatizações. Eles defendem as privatizações da era maldita de FHC, e agora querem privatizar a Petrobras. Estão criticando o governo Lula e a ministra Dilma por defenderem que a empresa do Pré-Sal seja uma estatal, para eles a defesa de nossas riquezas é uma "estadolatria". Eles querem, como quer o PSDB/DEM, o Serra, privatizar tudo, entregar tudo ao capital estrangeiro.
Estão criticando o governo, a ANVISA, por regular as propagandas de alimentos e de remédios porque isso significa prejuízo para eles: óbvio, vão deixar de ter lucro com a propaganda nas páginas dos jornalões e na telinha da TV.
Esse editorial é a cara da Globo, da Folha, do Estadão, da Veja, do Serra, do PSDB/DEM.
Jussara Seixas
O Deus Estado (Editorial) - O Globo
Por esperteza político-eleitoral, ideologia ou ambos — o mais provável —, há uma febre de “estadolatria” em Brasília. Talvez porque tenha funcionado no segundo turno de 2006 o estratagema de tachar tucanos de “privatistas”, a defesa do Estado passou a aparecer com mais frequência em discursos do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff. Explora-se com alguma competência a idéia tosca, ainda existente na população, de que o “Estado é do povo”, assim como suas empresas. Confunde-se o “estatal” com o “coletivo”, como se não existisse a expropriação privada do bem público pelo patrimonialismo, exercido de maneiras mais sutis ou escancaradas, como nas mordomias do Executivo e o nepotismo no Legislativo e Judiciário.
Com responsabilidade de governante, é verdade que Lula não tem brincado em serviço: embora não deva discordar que os opositores do novo modelo de exploração do pré-sal, de figurino estatizante, sejam adjetivados de “entreguistas”, apressou-se a permitir que a participação de investidores estrangeiros dobre no capital do Banco do Brasil, pois se trata da única forma de abrir espaços para ampliar a capitalização do BB. Em recente entrevista à “Folha de S.Paulo”, a ministra Dilma tratou de criticar a idéia do “Estado mínimo”, pressupondo que haja alguém, no mundo de hoje, que ainda defenda um modelo de laissez-faire com tinturas do século XIX. A preocupação que se tem é com o “Estado máximo”, com o qual autoridades de primeiro escalão do governo parecem sonhar.
Em outra entrevista, esta de Lula ao jornal “Valor”, o presidente anunciou o envio ao Congresso da “Consolidação das Leis Sociais” — não bastasse o engessamento do mercado de trabalho, em prejuízo dos trabalhadores, causado por uma outra “consolidação”, a CLT getulista. Mais uma vez: pode ser tática eleitoral — para atiçar a oposição a se colocar contra o “povo” — e também ideologia. Trata-se de outro princípio da “estadolatria”, pelo qual toda “bondade” precisa ser transformada em lei, para que o Estado imponha seu cumprimento. Uma ilusão, como demonstra a CLT, principal causa de a metade dos trabalhadores sobreviver na informalidade. Mas não é só discursos. Há efetivos avanços do Estado sobre espaços da sociedade. Um exemplo é a tentativa da Anvisa de proibir e regular anúncios de alimentos e remédios, embora a própria Advocacia Geral da União diga ser esta função exclusiva do Congresso. Está claro que os estatistas querem tutelar uma sociedade que consideram imatura e despreparada para cuidar da própria sobrevivência.
O editorial de O Globo mostra que a mídia está alinhada com PSDB do Serra também sobre as privatizações. Eles defendem as privatizações da era maldita de FHC, e agora querem privatizar a Petrobras. Estão criticando o governo Lula e a ministra Dilma por defenderem que a empresa do Pré-Sal seja uma estatal, para eles a defesa de nossas riquezas é uma "estadolatria". Eles querem, como quer o PSDB/DEM, o Serra, privatizar tudo, entregar tudo ao capital estrangeiro.
Estão criticando o governo, a ANVISA, por regular as propagandas de alimentos e de remédios porque isso significa prejuízo para eles: óbvio, vão deixar de ter lucro com a propaganda nas páginas dos jornalões e na telinha da TV.
Esse editorial é a cara da Globo, da Folha, do Estadão, da Veja, do Serra, do PSDB/DEM.
Jussara Seixas
O Deus Estado (Editorial) - O Globo
Por esperteza político-eleitoral, ideologia ou ambos — o mais provável —, há uma febre de “estadolatria” em Brasília. Talvez porque tenha funcionado no segundo turno de 2006 o estratagema de tachar tucanos de “privatistas”, a defesa do Estado passou a aparecer com mais frequência em discursos do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff. Explora-se com alguma competência a idéia tosca, ainda existente na população, de que o “Estado é do povo”, assim como suas empresas. Confunde-se o “estatal” com o “coletivo”, como se não existisse a expropriação privada do bem público pelo patrimonialismo, exercido de maneiras mais sutis ou escancaradas, como nas mordomias do Executivo e o nepotismo no Legislativo e Judiciário.
Com responsabilidade de governante, é verdade que Lula não tem brincado em serviço: embora não deva discordar que os opositores do novo modelo de exploração do pré-sal, de figurino estatizante, sejam adjetivados de “entreguistas”, apressou-se a permitir que a participação de investidores estrangeiros dobre no capital do Banco do Brasil, pois se trata da única forma de abrir espaços para ampliar a capitalização do BB. Em recente entrevista à “Folha de S.Paulo”, a ministra Dilma tratou de criticar a idéia do “Estado mínimo”, pressupondo que haja alguém, no mundo de hoje, que ainda defenda um modelo de laissez-faire com tinturas do século XIX. A preocupação que se tem é com o “Estado máximo”, com o qual autoridades de primeiro escalão do governo parecem sonhar.
Em outra entrevista, esta de Lula ao jornal “Valor”, o presidente anunciou o envio ao Congresso da “Consolidação das Leis Sociais” — não bastasse o engessamento do mercado de trabalho, em prejuízo dos trabalhadores, causado por uma outra “consolidação”, a CLT getulista. Mais uma vez: pode ser tática eleitoral — para atiçar a oposição a se colocar contra o “povo” — e também ideologia. Trata-se de outro princípio da “estadolatria”, pelo qual toda “bondade” precisa ser transformada em lei, para que o Estado imponha seu cumprimento. Uma ilusão, como demonstra a CLT, principal causa de a metade dos trabalhadores sobreviver na informalidade. Mas não é só discursos. Há efetivos avanços do Estado sobre espaços da sociedade. Um exemplo é a tentativa da Anvisa de proibir e regular anúncios de alimentos e remédios, embora a própria Advocacia Geral da União diga ser esta função exclusiva do Congresso. Está claro que os estatistas querem tutelar uma sociedade que consideram imatura e despreparada para cuidar da própria sobrevivência.
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