domingo, 28 de fevereiro de 2010

A AGONIA DA OPOSIÇÃO MIDIÁTICA

Sidney Rezende: O leitor Zappa, querido de todos nós, sempre me alerta que escrevo sobre Serra e Dilma, como se fossem únicos na disputa presidencial, e que não dou a devida atenção aos demais. Zappa, realmente, eu levo em consideração, neste momento, a uma constatação: a corrida presidencial está polarizada. É evidente que pode mudar. Se tiver evidências disso, escreverei exaustivamente sobre o tema.
Repare a mais atual pesquisa Datafolha em que mostra a queda de José Serra de 37% para 32% e a subida de Dilma Rousseff de 23% para 28%. Ciro Gomes, do PSB, saiu dos 13% que tinha para 12%. E Marina Silva, do PV, patinou e não saiu do lugar. Tinha 8%, e ali ficou.
A pesquisa abrange os dias 24 e 25 de fevereiro e foi uma sondagem com 2.623 eleitores com mais de 16 anos. E revela que Dilma saltou de uma diferença de 14 para 4 pontos. É muita coisa. Foi um pulo e tanto. O padrinho de Dilma, o presidente Lula, continua no alto da sua aprovação recorde, com 73% de ótimo e bom.
Esta pesquisa detona a estratégia de José Serra de ficar quietinho e não fazer marola, já que está na liderança. Se continuar assim, será esmagado, pois Lula e Dilma estão em campanha há muito tempo. E já melhorou a popularidade dela, desconhecida ainda por 14% dos eleitores. Neste blog cheguei a escrever que Serra deveria ter ido à luta em janeiro, lembra-se? Ele decidiu não ir. O resultado está aí. Se continuar reticente tomará uma lavada nas urnas. Não esqueçamos que nesta pesquisa Datafolha, 25% dos eleitores estimulados dizem que não votariam em Serra; 23%, em Dilma; 21%, em Ciro; 20%, em Aécio, caso saia candidato; e 19%, em Marina.
Esta pesquisa tem outro dado a ser comemorado no Palácio do Planalto: Lula transfere votos, sim. E demonstra que chuva em São Paulo e os percalços de Gilberto Kassab arranham Serra. E uma pergunta matadora sugere que hoje tem churrasco em Brasília com carne comprada por Dona Marisa: Você votaria no candidato apoiado por Lula? 42% disseram que sim; 26%, talvez; e 22% afirmaram que não.
Sidney Rezende recentemente foi demitido da rádio que troca notícia, a CBN, e não deixou lado tucano de fazer análise política. Seu coração bate mais forte para os lados da Elite Burguesa Paulista.

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