sábado, 13 de fevereiro de 2010

TUCANOS MUITO NERVOSOS

Uma pesquisa ainda não divulgada, mas que chegou ao conhecimento da cúpula tucana, confirma o crescimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e seu empate técnico com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nas intenções de voto para presidente da República. A informação provocou grande estresse no Palácio dos Bandeirantes e alimentou novas especulações de que Serra pode desistir da candidatura à Presidência e concorrer à reeleição.
Muito criticado nos bastidores tucanos por suas últimas declarações contra Lula e Dilma, o presidente Fernando Henrique Cardoso não se faz de rogado. Diz para quem quiser ouvir - meio na gozação, mas falando sério - que está pronto para enfrentar nova disputa eleitoral contra Lula, que considera seu freguês de carteirinha (derrotou-o em 1994 e 1998), concorrendo contra Dilma, a quem chama de reflexo do líder petista. Isto é, caso Serra jogue a toalha. O ex-ministro da Educação Paulo Renato (PSDB-SP) foi um dos que ouviu da boca de FHC essa disposição para o confronto eleitoral com Lula e o PT.
Erro
Há certa dose de irritação na atitude de Fernando Henrique Cardoso com a estratégia de José Serra para ganhar a eleição, que é se fingir de morto até a hora de deixar o cargo para ser candidato. E, mesmo depois, evitar um confronto aberto com o presidente Lula, optando por comparar sua capacidade política e administrativa com a de Dilma na propaganda eleitoral de rádio e tevê. FHC avalia que é um erro de conceito, que pode levar os tucanos à nova derrota eleitoral, sem falar que deixa no ar a possibilidade de desistir da candidatura.
Projetos
Por isso, FHC subiu o tom das críticas ao governo Lula e à candidata petista. E não pretende baixá-lo. Segundo o ex-presidente da República, é preciso enfrentar o debate político com Lula e o PT, pois o lulismo representaria uma ameaça ao avanço institucional do país, descambando para o velho populismo latino-americano. Além disso, Dilma representaria uma guinada do país para o capitalismo de Estado e a xenofobia nacionalista.
Enquanto os tucanos de São Paulo estão sem saber muito bem o que fazer, em Minas o governador tucano Aécio Neves (foto), do PSDB, intensifica a campanha para viabilizar a eleição de seu vice, o também tucano Antônio Anastasia, e observa o quadro. Candidato ao Senado, entre aliados do governo Lula o nome de Aécio não foi descartado como alternativa à radicalização PSDB versus PT. Nesta semana, quem ligou para Aécio acenando com a possibilidade de apoiá-lo caso isso aconteça foi o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT. Veículo: CORREIO BRAZILIENSE - DF - Editoria: POLÍTICA - Coluna: Brasília - DF - Jornalista(s): Luiz Carlos Azedo e Norma Moura.
ASSISTA E ESPALHE: JINGLE "QUERO DILMA"

Um comentário:

Anônimo disse...

Este nervosismo do tucanato tem um sentido muito importante, isto quer dizer que já estão prevendo a derrota do partido independente de quem vier a ser candidato, pois eles próprios já acreditam na desistência do serra.