Se as eleições fossem hoje, a candidata do PT estaria na liderança
Por Solange Bagdadi
Uma pesquisa nacional feita nas ruas pelo Instituto Mapear com 2.015 pessoas, entre os dias 27/02 e 05/03, perguntou à população dos 15 principais estados do país em quem votaria se a eleição para presidente fosse hoje. O resultado não surpreendeu: a ministra Dilma Rousseff dispara na preferência do eleitor quando este reconhece que é a candidata escolhida pelo presidente Lula. Ela receberia 35% dos votos contra 22% de José Serra, do PSDB. Outro resultado que chama a atenção é que a ministra está empatada tecnicamente com Serra mesmo se não tivesse ligação do nome de Lula ao dela (foram 26% contra 22% das preferências).
“É importante entender que mesmo se Dilma não estivesse ligada a imagem de Lula, ela já teria luz própria”, explica Cláudio Gama, diretor do instituto. Segundo o antropólogo e Mestre em Sociologia, o resultado não se resume ao fato de Dilma ganhar só por ser a indicada do presidente, e José Serra ter conexão com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ambos do mesmo partido. “Dilma não ganha por um suposto lado ‘negativo’ de FHC ou só pela influência ‘positiva’ de Lula“, esclarece Gama, lembrando que na primeira etapa da pesquisa, as perguntas não relacionaram o nome da ministra ao do presidente; Serra então teve 26% das preferências, contra 22% de Dilma – dando empate técnico – e os outros possíveis candidatos ficaram com 9% para Ciro Gomes e 7% para Marina Silva.
No levantamento do Mapear, Dilma chega a ter 45% das intenções de voto no Nordeste e Serra 12%. A ministra é vitoriosa entre os eleitores masculinos (38%); entre as eleitoras (32%) e entre todas as faixas etárias. Ela ganha também de Serra quando a variante é a escolaridade: 37% contra 21% para quem estudou até o 4º. ano do Ensino Fundamental; 36% ante 21% de 5ª. a 8ª. séries; de 33% contra 22% dos que cursam o Ensino Médio e, finalmente, entre os que estão na universidade, 32% ante 23%, do candidato tucano. “O fato de Dilma estar tão colada a imagem de Lula desafia seus oponentes a buscar maior identidade com ele. Não tenho dúvidas que os marqueteiros de Serra irão revesti-lo de características que se assemelhem as de Lula. No caso, ser filho de imigrante, ter sido pobre, ter sofrido, etc.”, avalia Gama.
Outra conclusão, no mínimo curiosa, é quando a pesquisa pergunta se os entrevistados sabiam que Lula tinha escolhido Dilma para sucedê-lo: 65% disseram que sim e 34%, que não. No quesito “desconhecimento”, os homens (28%) estão mais bem informados do que as mulheres (40%). “A população é composta de 51% de mulheres e 49% de homens. Mesmo sendo pequena diferença de percentual, há muito espaço para se trabalhar”, indica o diretor da Mapear. É preciso destacar que não foram poucas eleições que as mulheres decidiram o voto. De acordo com o cientista político e professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, Ricardo Ismael, outras pesquisas mostram como o nível de conhecimento a respeito de Dilma Rousseff aumentou em tão pouco tempo e vem crescendo, sobretudo quando o assunto se refere a questão da manutenção dos programas sociais: “A população confia nela para dar continuidade”, afirma. Segundo ele, a ministra vem mostrando ótimo desempenho por dois motivos: tem se mostrado competitiva em relação aos outros candidatos e com condições de fazer alianças fortes para o seu palanque eleitoral.
Por Solange Bagdadi
Uma pesquisa nacional feita nas ruas pelo Instituto Mapear com 2.015 pessoas, entre os dias 27/02 e 05/03, perguntou à população dos 15 principais estados do país em quem votaria se a eleição para presidente fosse hoje. O resultado não surpreendeu: a ministra Dilma Rousseff dispara na preferência do eleitor quando este reconhece que é a candidata escolhida pelo presidente Lula. Ela receberia 35% dos votos contra 22% de José Serra, do PSDB. Outro resultado que chama a atenção é que a ministra está empatada tecnicamente com Serra mesmo se não tivesse ligação do nome de Lula ao dela (foram 26% contra 22% das preferências).
“É importante entender que mesmo se Dilma não estivesse ligada a imagem de Lula, ela já teria luz própria”, explica Cláudio Gama, diretor do instituto. Segundo o antropólogo e Mestre em Sociologia, o resultado não se resume ao fato de Dilma ganhar só por ser a indicada do presidente, e José Serra ter conexão com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ambos do mesmo partido. “Dilma não ganha por um suposto lado ‘negativo’ de FHC ou só pela influência ‘positiva’ de Lula“, esclarece Gama, lembrando que na primeira etapa da pesquisa, as perguntas não relacionaram o nome da ministra ao do presidente; Serra então teve 26% das preferências, contra 22% de Dilma – dando empate técnico – e os outros possíveis candidatos ficaram com 9% para Ciro Gomes e 7% para Marina Silva.
No levantamento do Mapear, Dilma chega a ter 45% das intenções de voto no Nordeste e Serra 12%. A ministra é vitoriosa entre os eleitores masculinos (38%); entre as eleitoras (32%) e entre todas as faixas etárias. Ela ganha também de Serra quando a variante é a escolaridade: 37% contra 21% para quem estudou até o 4º. ano do Ensino Fundamental; 36% ante 21% de 5ª. a 8ª. séries; de 33% contra 22% dos que cursam o Ensino Médio e, finalmente, entre os que estão na universidade, 32% ante 23%, do candidato tucano. “O fato de Dilma estar tão colada a imagem de Lula desafia seus oponentes a buscar maior identidade com ele. Não tenho dúvidas que os marqueteiros de Serra irão revesti-lo de características que se assemelhem as de Lula. No caso, ser filho de imigrante, ter sido pobre, ter sofrido, etc.”, avalia Gama.
Outra conclusão, no mínimo curiosa, é quando a pesquisa pergunta se os entrevistados sabiam que Lula tinha escolhido Dilma para sucedê-lo: 65% disseram que sim e 34%, que não. No quesito “desconhecimento”, os homens (28%) estão mais bem informados do que as mulheres (40%). “A população é composta de 51% de mulheres e 49% de homens. Mesmo sendo pequena diferença de percentual, há muito espaço para se trabalhar”, indica o diretor da Mapear. É preciso destacar que não foram poucas eleições que as mulheres decidiram o voto. De acordo com o cientista político e professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, Ricardo Ismael, outras pesquisas mostram como o nível de conhecimento a respeito de Dilma Rousseff aumentou em tão pouco tempo e vem crescendo, sobretudo quando o assunto se refere a questão da manutenção dos programas sociais: “A população confia nela para dar continuidade”, afirma. Segundo ele, a ministra vem mostrando ótimo desempenho por dois motivos: tem se mostrado competitiva em relação aos outros candidatos e com condições de fazer alianças fortes para o seu palanque eleitoral.
Um comentário:
Parece que os brasileiros estão acordando!
Sorte!
Postar um comentário