quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dilma diz que Minas não é berço tucano e que governo Lula fez mais pelo Estado do que FHC

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, começou sua trajetória pelo país nesta terça-feira (6) em Minas Gerais e disse que o Estado não é um berço tucano. Para ela, o governo Lula fez muito mais pelos mineiros do que o governo Fernando Henrique Cardoso. Dilma visitou o túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, no cemitério da Ordem 3ª de São Francisco de Assis, em São João Del-Rei. Antes, a ex-ministra da Casa Civil cumpriu agenda em Ouro Preto.

Questionada pelos jornalistas sobre o começo da suas andanças pelo país em um lugar governado por um tucano, ela lembrou que também é mineira. “Minas é meu berço e eu não sou tucana. E acho que Tancredo, que eu saiba, não era tucano. Que eu saiba Juscelino também não era tucano. Aliás, as cidades e os estados não são de ninguém, são de cada um de nós”, respondeu.

Dilma salientou ainda que o governo do presidente Lula fez muito mais por Minas Gerais do que o ex-presidente FHC. Recentemente, o governador Aécio Neves disse que o candidato do PSDB, José Serra, pode fazer mais pelo Estado. Dilma questionou essa possibilidade.

“Eu respeito muito o governador Aécio Neves. O governador Aécio Neves sabe que o governo do presidente Lula fez mais do que propostas concretas para o Estado. Realizou uma série de programas aqui. Tivemos aqui em Minas Gerais um conjunto de obras expressivo, um conjunto de obras em Belo Horizonte e nas cidades do interior. E não vemos porque nesse cotejo termos algo a perder. É mais difícil quem nunca fez nada provar que vai fazer. Não me consta que no governo Fernando Henrique Cardoso grandes obras foram executadas e realizadas aqui em Minas Gerais”, argumentou.

Aparências que enganam
A candidata petista rejeitou ainda os ataques tucanos de que estaria cometendo terrorismo eleitoral ao afirmar que o PSDB está travestido de “lobo em pele de cordeiro” ao querer aparentar o que não é e colocando-se como uma opção “pós-Lula”.

“A Bíblia não é propriamente um documento em que se pratique um terrorismo. A imagem, que é uma metáfora de lobo em pele de cordeiro da Bíblia, significa o seguinte: pessoas que querem passar por aquilo que não são. Não tem nada de terrorismo nisso. É impossível alguém querer ser continuidade do governo Lula tento criticado o governo Lula sistematicamente por sete anos e meio”, rebateu Dilma.

Ela também salientou que a política econômica de Lula é muito diferente do governo anterior. “O governo do presidente Lula fez uma política econômica muito mais avançada que dos governos anteriores, porque combinou estabilidade com crescimento econômico e distribuição de renda, nós somos fundamentalmente diferentes”, disse.

por Mulheres com Dilma

4 comentários:

Toni Gumauskas disse...

"Pós Lula é uma ofensa!!"
Algo como 'pós guerra...'
Analisando por esse lado,podemos dizer que Lula foi um explêndido 'pós FHC'(o homem que criou o mensalão,para garantir sua reeleição).
O que precisamos,aqui em São Paulo,é um 'pós Serra'.Só não vê quem não quer...
http://bit.ly/bSVD2p
Enquanto nosso presidente é multado,tem candidato DESRESPEITANDO A LEI,e pondo em risco a vida das pessoas.Tudo PARA LUCRAR POLITICAMENTE!
NÃO PRECISAMOS DE UM 'PÓS LULA!
Precisamos de alguém digno de prosseguir no caminho iniciado por ele.
Não acham?

Anônimo disse...

Por Geraldo Elísio

"A história é a soma das coisas que poderiam ter sido evitadas."
- Konrad Hermann Josef Adenauer

Implacável, a história revela todas as nuanças de um passado, mostrando ao mundo o que realmente são aqueles que delas participa.

Em apelo dramático de um mau ator que desconhece o texto que interpreta, Fernando Henrique Cardoso, ao apelar para a união de Minas a São Paulo nas próximas eleições presidenciais, ou seja, ao pretender que o ex-governador Aécio Neves venha a ser o vice de José Serra – os tucanos estão incomodados com o crescimento de Dilma Rousseff – não se lembra que ele não dispõe de mínima condição moral para formalizar semelhante apelo.

O sociólogo que pisoteou Minas Gerais durante todo o tempo de seu mandato – o segundo período comprado a peso de ouro, sem o que o então PFL não teria expulsado de seus quadros parlamentares – quer, além disto, retroagir a mais de 70 anos de história, quando da existência da política do café com leite. Sem nenhum xenofobismo é bom lembrar que instaurados no Poder os paulistas, em sua sede de mando, em 32, levaram Vargas a bombardear a “paulicéia desvairada”.

O apelo de Fernando Henrique Cardoso se assemelha a um pedido de SOS, porque no mundo falido da globalização e da economia de mercado, estes dois “deuses” de pés de barro gestados pelas “grandes potências econômicas do mundo”, mais do que nunca são necessários entreguistas capazes inclusive de falsificar valores da dívida externa brasileira, como o diz o exemplo de patriotismo e honradez que é o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz.

Quem disse que apenas São Paulo e Minas têm o direito de eleger presidentes da República no Brasil? Eu, “brasileiro de estatura mediana e profissão esperança”, nada tenho contra nenhum Estado deste País chamado Brasil, inclusive São Paulo. Não sou, graças a Deus, como Fernando Henrique e o seu tucanato com toda a sua corte de preconceitos, principalmente os nordestinos que construíram com os imigrantes – principalmente italianos e japoneses – a grandeza de São Paulo.

E me antecipo aos possíveis questionamentos que possam vir a ser feitos. Fernando Henrique não tem nem o direito democrático de escolher alguém de sua preferência para ser vice-presidente do candidato a cabeça de chapa de seu partido na disputa presidencial? Claro que tem, e defendo este direito até a morte. O que ele não tem é moral para fazer isto.

Da mesma forma como falta moral ao oportunista Itamar Franco, o mineiro que reescreveu a política do café com leite retrocedendo a 1930, ao trair o PMDB e levar Fernando Henrique Cardoso ao Poder depois de 70 anos que isto não acontecia. Itamar não fez isto por desconhecimento histórico, o fez porque assim determinava a sua ambição desmedida de viver em palácios.

Também para ele defendo o direito de optar pelo candidato que quiser. Faz parte do jogo democrático e ele tem, como qualquer brasileiro, esta prerrogativa. O que não tem é argumento moral para se utilizar de tais argumentos. E isto o povo precisa saber. Afinal quando governador de Minas, Itamar que sempre disse não se filiar aos tucanos por que o PSDB “é um partido cheio de PHD’S”, viveu às turras com Fernando Henrique Cardoso e outros emplumados. Agora, em nome de sua ambição ele revela ser o muso da dupla Nilton Lamas e Nilson Bueno, compositores da música “Entre Tapas e Beijos”, cantada pelo sertanejo Leonardo.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

geraldo.elisio@novojornal.com

Anônimo disse...

ôrra, dois comentários!
Não esqueçam que "não é demais lembrar que um brasileiro com 18 anos completados em 2010 comemorava 10 ao término do governo FHC -e era uma criança de dois anos quando o sociólogo tucano assumiu"

Anônimo disse...

O FHC não se preocupou com Minas, apenas investiu em São Paulo e agora quer contar com o apoio dos mineiros para o Serra, pode esquecer pois nós aqui não queremos nem vê-lo e muito menos o Serra, podem ficar em SP onde eles dominam aquele povo que não sabe votar, pois mineiro é esperto e sabe votar muito bem, por isso vai votar na Dilma para presidente.