O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou com ação de improbidade administrativa na Justiça do Distrito Federal contra envolvidos na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, entre eles os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) e Joaquim Roriz (PSC).
A ação visa a obter indenização por danos morais de, pelo menos, R$ 750 mil e ressarcimento de R$ 250 mil referente a perdas do erário público.
De acordo com os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas, responsáveis pela ação, o pedido de indenização por danos morais "visa a recompor a honra de uma cidade que é vista pelo restante do país como cidade de desonestos e corruptos".
A ação também pede a suspensão dos direitos políticos e a proibição de contratar com o poder público e de ocupar cargos e funções públicos por 10 anos.
Além de Arruda e Roriz, as ações de improbidade citam o delator do esquema, Durval Barbosa, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia, o policial civil aposentado Marcelo Toledo e o ex-assessor do governo local Omézio Pontes.
Apesar de o escândalo ter derrubado o governo Arruda, o antecessor dele, Joaquim Roriz, está envolvido porque, segundo o Ministério Público, autorizou o pagamento de propina durante o governo dele devido à "iminência" da vitória do concorrente. A ação também informa que os outros deputados distritais envolvidos no esquema já estão respondendo a outras ações.
No final de 2009, a Operação Caixa de Pandora revelou um esquema de pagamento de propina no DF. O episódio derrubou o governo de José Roberto Arruda e levou à abertura de inquérito para averiguação de práticas criminosas.
Na esfera criminal, o caso aguarda denúncia do Ministério Público Federal e tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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