A herança naval de Agnelli

Enquanto o gigante Vale Beijing segue em perigo ao largo na Baía de São Marcos, no Maranhão, vai se começando a revelar a história da “competência” da gestão de Roger Agnelli.

Foi sob seu comando que a frota mercante da Vale – a Docenave – começou a ser vendida, a preço de banana.

Começou vendendo, em 2001, o gigante Docefjord, de 310 mil toneladas de porte bruto e construído no Brasil , por US$ 37 milhões . Não tenho o preço de venda de seu navio-irmão, o Tijuca, com a mesma capacidade. No total, foram 14 navios, que renderam cerca de US$ 140 mihões, até 2003. Foi o que se apurou pela venda de daquela que foi um dia a terceira maior frota de graneleiros do mundo e os compradores levaram junto os contratos de transporte firmados.

Depois, em 2006, foi aprovada a venda da Seamar, uma subsidiária da Vale na Libéria, com os últimos três dos nove navios que tinha sido colocados sob sua bandeira. Em 2001, a Seamar cancelou os contratos de parceria que tinha com a Wilsea Shipping Inc. e repassou-lhe navios, entre eles o Tijuca – navio-irmão do Docefjord – e se foi se desfazendo da frota de nove navios graneleiros.

Quanto custou cada um dos navios afretados por 25 anos do estaleiro STX? A informação oficial da STX em sua página não confere com o valor de US$ 110 milhões que a imprensa brasileira está divulgando.

“STX Pan Ocean took over the world’s largest 400,000 ton class VLOC (Very Large Ore Carrier), Vale Beijing, on September 27th. Built at STX Offshore & Shipbuilding’s Jinhae Shipyard, the vessel is 361m long, 65m wide and 30.5m high, and has a deck area greater in size than three football fields. This vessel is the largest ore carrier among all existing bulk carriers in the world.

Having concluded a contract for long-term transportation amounting to approximately KRW 7 trillion (approximately USD 6 billion) with Vale in Brazil in 2009, STX Pan Ocean ordered eight 400,000 ton class VLOCs for this contract. The Vale Beijing is the first of the VLOCs ordered to be delivered to STX Pan Ocean.

O custo de cada navio, portanto, seria de US$ 750 milhões, vinte vezes mais do que a Vale obteve vendendo um navio de porte comparável.

Haja visão estrategica, não é?

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