sábado, 1 de agosto de 2015

Livro traça perfil do DOI-Codi

O jornalista Marcelo Godoy participa na próxima segunda-feira (3), às 18h30min, na sede da Associação dos Docentes da UFC (Adufc), de debate seguido do lançamento de seu livro A casa da vovó - Uma biografia do DOI-Codi (1969-1991), o centro de sequestro, tortura e morte da ditadura militar. O jornalista, que construiu nos últimos 25 anos sua carreira nas redações de grandes publicações, dedicou-se por uma década a esse trabalho de pesquisa.
Para tanto Godoy ouviu alguns dos mais ativos agentes da repressão da ditadura militar para contar a história do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo. Criado a partir de uma operação semiclandestina instituída pelo governo, a Oban (Operação Bandeirantes), o DOI-Codi se transformou no início dos anos 1970, no instrumento do regime de exceção para combater as organizações de esquerda. Essa lógica de investigação policial aliada a práticas e hierarquias militares resultou em uma série de torturas.
Além de mais de duas dezenas de entrevistas com homens e mulheres que defendiam o regime, Godoy também realizou uma leitura dos principais livros e teses acadêmicas sobre a repressão, o que lhe permitiu compreender documentos inéditos que mostram as engrenagens do DOI-Codi paulista e sua articulação com o sistema de informação e repressão da ditadura.
O aniquilamento de grupos guerrilheiros como Molipo e ALN encontra, neste livro, detalhada descrição, bem alguns dos crimes mais violentos da repressão também são tratados na obra. Fonte: O Povo.

Nenhum comentário: