um candidato como Dilma"
Se alguém ainda imagina que Lula pode trocar Dilma Rousseff por outro nome para disputar a próxima eleição presidencial é bom que leia com atenção a entrevista concedida por ele ao jornalista Fernando Morais e publicada no terceiro número da revista Nosso Caminho, do arquiteto Oscar Niemeyer. Foi a defesa mais enfática da candidatura Dilma jamais feita por Lula até aqui. A nova edição da revista será lançada na próxima em Brasília pelo próprio Niemeyer, que deverá celebrar ao lado de Lula seu centésimo primeiro aniversário.
Veja o que Lula disse a respeito de Dilma: - Eu acho que a Dilma está fortemente qualificada. Seja do ponto de vista da sua história pessoal, de sua história política, do ponto de vista da competência técnica, de como ela pensa o Brasil e o mundo. A Dilma está infinitamente preparada para ser candidata e ganhar as eleições. É uma mulher preparada para exercitar o poder na sua plenitude total aqui no Brasil. Obviamente que entre o desejo e a conquista tem muito trabalho. Temos dois anos pela frente, temos muita coisa para fazer. E 2009 será um ano de inauguração de muitas obras e de muita costura política.
- A maquete desse projeto, a arquitetura e a engenharia política desse projeto têm que estar prontas no final do ano que vem para se poder colocar mãos à obra. E eu espero construi-lo com tranquilidade, com muita sabedoria porque precisamos eleger alguém que acredite na América do Sul, alguém que tenha os olhos voltados para a África. (...)
Morais - Mas se não for a ministra Dilma, nas suas reflexões sobre 2010 o senhor considera a possibilidade de se coligar com um outro partido sem que o PT esteja na cabeça de chapa? - Em tese, sim. Quando a gente faz aliança política tem que trabalhar com a hipótese de que o candidato não seja o seu. Quando eu analiso os candidatos visíveis para 2010, vejo que nenhum partido tem um candidato como Dilma. Essa é a minha tranquilidade. E, depois, a segurança. A Dilma é uma mulher de personalidade, daquelas que não vaciliam em momentos difíceis. O Brasil precisa disso. (...)
- O ano que vem não é ainda o ano da Dilma ser candidata. O ano que vem é o ano de nós, que acreditamos nela, começarmos a fazer a campanha dela. Não poderemos entrar na campanha de Dilma sem que se crie uma idéia-força para a campanha dela. Precisamos descobrir a palavra-chave para que ela se transforme num símbolo do mulherio desse país. Mas ainda temos tempo para isso.
- A maquete desse projeto, a arquitetura e a engenharia política desse projeto têm que estar prontas no final do ano que vem para se poder colocar mãos à obra. E eu espero construi-lo com tranquilidade, com muita sabedoria porque precisamos eleger alguém que acredite na América do Sul, alguém que tenha os olhos voltados para a África. (...)
Morais - Mas se não for a ministra Dilma, nas suas reflexões sobre 2010 o senhor considera a possibilidade de se coligar com um outro partido sem que o PT esteja na cabeça de chapa? - Em tese, sim. Quando a gente faz aliança política tem que trabalhar com a hipótese de que o candidato não seja o seu. Quando eu analiso os candidatos visíveis para 2010, vejo que nenhum partido tem um candidato como Dilma. Essa é a minha tranquilidade. E, depois, a segurança. A Dilma é uma mulher de personalidade, daquelas que não vaciliam em momentos difíceis. O Brasil precisa disso. (...)
- O ano que vem não é ainda o ano da Dilma ser candidata. O ano que vem é o ano de nós, que acreditamos nela, começarmos a fazer a campanha dela. Não poderemos entrar na campanha de Dilma sem que se crie uma idéia-força para a campanha dela. Precisamos descobrir a palavra-chave para que ela se transforme num símbolo do mulherio desse país. Mas ainda temos tempo para isso.
Morais - E um terceiro mandato? O senhor pensa em 2014? - Alguns companheiros falam assim: não tem terceiro mandato? Tudo bem, em 2014 você volta. Essa é uma tese meio boba. Porque se eu trabalho para te eleger presidente e você se elege, eu tenho que trabalhar para você fazer muito mais do que eu e melhor do que eu. Ora, se você fizer mais e melhor do que eu, você tem o direito à sua reeleição. Por que você aceitaria ser um candidato tampão?
- Na América do Sul as coisas tendem a evoluir, não vejo como possam retroceder. Até porque mesmo quando há uma disputa entre dois candidatos, um de esquerda e outro de direita, as pessoas são de posições políticas mais próximas. Aqui no Brasil, por exemplo: quando disputei a presidência com Fernando Henrique Cardoso, foi um prazer para o povo brasileiro não ter que escolher entre um troglodita de direita e um cara comprometido. Não, o povo tinha duas pessoas com tradição de luta para escolher. Quando eu e o Serra disputamos foi a mesma coisa. Você veja, éramos eu, Serra, Ciro e Garotinho. Não tinha ninguém que você pudesse considerar de direita. Depois, com o Alckmin, já foi um atraso, um retrocesso, porque você sabe... Aí era a Opus Dei, né? Blog do Noblat.
- Na América do Sul as coisas tendem a evoluir, não vejo como possam retroceder. Até porque mesmo quando há uma disputa entre dois candidatos, um de esquerda e outro de direita, as pessoas são de posições políticas mais próximas. Aqui no Brasil, por exemplo: quando disputei a presidência com Fernando Henrique Cardoso, foi um prazer para o povo brasileiro não ter que escolher entre um troglodita de direita e um cara comprometido. Não, o povo tinha duas pessoas com tradição de luta para escolher. Quando eu e o Serra disputamos foi a mesma coisa. Você veja, éramos eu, Serra, Ciro e Garotinho. Não tinha ninguém que você pudesse considerar de direita. Depois, com o Alckmin, já foi um atraso, um retrocesso, porque você sabe... Aí era a Opus Dei, né? Blog do Noblat.
Nenhum comentário:
Postar um comentário