de frente para Dilma Rousseff
Karla Correia, Jornal do Brasil BRASÍLIA - O Palácio do Planalto começa nesta quarta-feira a montar a articulação – nos estados – da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à presidência da República. Primeiros convocados para a missão, os ex-prefeitos de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, do Recife, João Paulo, e de São Paulo, Marta Suplicy, reúnem-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para iniciar o desenho da estratégia palaciana. A ideia é que cada um ajude, em seu estado, a contornar possíveis obstáculos e costurar alianças em torno da candidatura de Dilma. Para a missão, Lula pinçou dentro do PT nomes que considera ter maior peso eleitoral e trânsito entre aliados. O ex-prefeito do Recife João Paulo é um exemplo. O petista se credenciou ao eleger João da Costa para a prefeitura da capital pernambucana praticamente sem ajuda de partidos coligados no nível nacional. Tido como um dos atores políticos mais importantes da legenda no cenário político de 2010, João Paulo deve preparar o terreno para a ministra no estado, sobretudo junto ao PSB do governador pernambucano Eduardo Campos, que pretende tentar a reeleição. A movimentação do ex-prefeito, durante a campanha do ano passado, acendeu o sinal amarelo no partido aliado, que vê em João Paulo um possível adversário na briga pelo governo estadual em 2010. Para evitar o conflito, o PT aponta como alternativa a candidatura do ex-prefeito a uma cadeira no Senado. Hoje, João Paulo pleiteia um cargo no Planalto, como assessor especial do presidente Lula.
Recompor alianças - O mineiro Fernando Pimentel conseguiu, a duras penas e com a ajuda do governador do estado, Aécio Neves (PSDB), eleger como sucessor Márcio Lacerda (PSB). Mas, para tanto, teve que passar por cima da aliança com o PMDB, que tinha no páreo pela prefeitura da capital mineira o deputado Leonardo Quintão, e da decisão da executiva nacional de seu próprio partido, o PT, que se irritou com a parceria firmada com o tucano Aécio Neves. Postulante à cadeira de ministro do Turismo, Pimentel terá a missão de recompor as relações entre aliados em Minas para pavimentar o caminho da candidatura de Dilma Rousseff no segundo maior colégio eleitoral do país. Longe de desagradar Lula, a aliança firmada com Aécio na campanha municipal foi vista no Planalto como capacidade de articulação do petista, amigo pessoal da chefe da Casa Civil desde os tempos em que os dois ingressaram no Comando de Libertação Nacional (Colina) – organização de esquerda que combateu o regime militar.
Derrotada na campanha pela prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy será a “escudeira” de Dilma com a missão mais árdua. Reconhecida como forte liderança no PT de São Paulo, terá, contudo, de contornar o fato do maior aliado do PT, o PMDB, ter se aproximado de forma perigosa do governador do estado, o tucano José Serra. A poderosa legenda aliada se transformou na “noiva” mais desejada para a formação de alianças em nível nacional em 2010 ao eleger 1.203 prefeitos nas eleições municipais do ano passado. Cortejado por governo e oposição, o PMDB têm colocado preço elevado em sua fidelidade ao Palácio do Planalto. A disputa pelo comando da Câmara e do Senado, por exemplo, está no miolo das articulações para manter a legenda ao lado do candidato de Lula na sucessão presidencial. Em São Paulo, a estratégia de José Serra em se fortalecer dentro do seu próprio partido e seu desempenho nas pesquisas tem seduzido o PMDB. Marta terá, entre outras, a missão de reverter o quadro a favor de Dilma.Fonte: Jornal do Brasil.
4 comentários:
CASO CESARE BATTISTI
A VITÓRIA DA SOLIDARIEDADE REVOLUCIONÁRIA
*Celso Lungaretti
Na etapa inicial, a luta em prol de Cesare Battisti foi travada basicamente via internet, ao longo de 2007 e dos primeiros dez meses de 2008, enquanto a grande imprensa a ignorava ou minimizava.
A CartaCapital se destacou negativamente: quando mais difícil era obter apoios para a causa, produziu uma matéria tendenciosa, 100% alinhada com as razões do governo italiano, sem qualquer consideração pelo outro lado.
Ao apresentar Battisti como criminoso comum, afugentou pessoas que, se tivessem um quadro mais completo do caso, tenderiam a simpatizar com sua causa. Reforçou os preconceitos que, desde o compromisso histórico, a esquerda ortodoxa italiana dissemina a respeito dos ultras.
Só as revistas Piauí e Caros Amigos concederam ao caso Battisti o destaque merecido nessa fase, dando voz à vítima das perseguições rancorosas do governo Berlusconi.
Mesmo assim, o trabalho infatigável do jornalista Rui Martins ia produzindo seus efeitos na internet, com seus textos sendo reproduzidos por portais e sites jornalísticos, além de disseminados nos circuitos de e-mails.
Em novembro de 2008, o Conselho Nacional para os Refugiados negou por 3x2 o refúgio humanitário para Cesare Battisti. Esta decisão, um cavalo de batalha para os italianos e os brasileiros alinhados com as posições italianas, deve ser relativizada: o ministro Tarso Genro confessou à Folha de S.Paulo ter instruído o secretário-executivo do Conare, Luiz Paulo Barreto, a, ocorrendo empate, dar o voto de minerva contra Cesare ("Não quero que pensem que eu não tenho coragem política e decência moral para decidir um assunto conflituoso como esse", disse o ministro).
Decisão soberana
O certo é que os cidadãos solidários a Cesare Battisti passamos a ver o recurso a Genro como a última chance de evitar-se a extradição do perseguido político italiano. O trabalho de redação de artigos e sua difusão na internet foram intensificados ao máximo, com a minha participação e de Laerte Braga, dentre outros.
Na semana decisiva, uma digna matéria de duas páginas da revista Época apresentou o assunto como se deve, sem viés ideológico, com todos os prós e contras expostos.
Mesmo assim, a consistente decisão de Tarso Genro, justificada de forma impecável num arrazoado de 12 laudas, foi sucedida por um verdadeiro rolo compressor midiático tentando forçar o recuo do governo brasileiro.
A destemperada e arrogante reação italiana foi literalmente encampada por O Globo, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e o Jornal Nacional (na sua primeira abordagem do assunto, pois, quando ficou evidenciado o fracasso da articulação reacionária na mídia, voltou à sua habitual postura de bajular governos).
No olho do furacão, Rui Martins, eu e Laerte Braga reagíamos aos enfoques tendenciosos, provando que, pela Lei do Refúgio, Tarso Genro tinha pleno direito de decidir como decidiu; que era justa sua crítica às aberrações jurídicas cometidas pelo Estado italiano contra os ultras, em meio à onda de indignação causada pelo assassinato de Aldo Moro, gerando uma histeria punitiva em que foram atropelados os princípios mais sagrados do Direito; e que as autoridades italianas estavam flagrantemente atingindo a soberania nacional.
Coincidência ou não, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao dar um xeque-mate na questão ("A decisão do Brasil neste episódio é soberana", disse), foi bem na linha sugerida pelo meu artigo do dia anterior, intitulado "Somos um país soberano ou uma república das bananas?", no qual escrevi: "Cabe ao governo Lula colocar as coisas no seu devido lugar, fazendo a Itália entender que não está lidando com uma república das bananas, daquelas que se borram de medo das potências centrais e estão sempre prontas para acatar ultimatos velados". Ler aqui o artigo completo.
A posição de Gilmar Mendes
E as boas práticas jornalísticas continuaram sendo olimpicamente ignoradas.
Rui Martins mandou mensagem à Folha de S.Paulo contestando o editorial "Assunto da Itália", principalmente por sua insistência em exigir que o Brasil acatasse sem reflexão alguma as decisões da Justiça de outros países ("Pode haver divisões políticas dentro de um país, porém, por mais agudas que sejam, os contendores não podem recorrer ao argumento de uma superioridade jurídica de um julgamento estrangeiro... Esse ato de sobrepor as leis italianas às nossas seria uma afronta à nossa soberania"). Ignorada.
Eu enviei carta à seção de leitores de O Estado de S.Paulo respondendo ao editorial "Decisão desastrada", que questionei, dentre outros motivos por ter concedido "espaço descomunal" à "choradeira" e às "ameaças italianas", sem, em momento algum, lamentar "as agressões às instituições brasileiras". Ignorada.
Rui Martins lançou uma carta aberta a Mino Carta, chamando-o às falas: "Sua influência como editor da revista CartaCapital poderia ter sido bastante nefasta e significar para um homem, batido pela vida, em nada diferente dos "subversivos" brasileiros que você tanto entendeu, o retorno à Itália na condição de um condenado a apodrecer na prisão". Mino a colocou como mero comentário no seu blog, não respondeu e depois tirou do ar.
Finalizando: a luta pró-Cesare deixa uma grande lição: a de que, mesmo na contramão da grande imprensa, hoje é possível vencerem-se batalhas políticas a partir da acumulação de forças na internet, preparando o terreno para a entrada em cena dos cidadãos influentes e da mídia convencional no momento decisivo.
E foi evitada a abertura de um precedente odioso, uma verdadeira cunha que o STF de Gilmar Mendes queria fincar na Lei do Refúgio, limitando a acolhida de perseguidos políticos estrangeiros apenas àqueles que não pegaram em armas na defesa de suas causas. É a mesma posição que ele já manifestou a respeito dos resistentes brasileiros: por piores que tenham sido o extermínio e as atrocidades cometidos pelos usurpadores do poder que governavam sob terrorismo de Estado, Gilmar Mendes nega aos militantes da luta armada o direito de se defenderem. Considera que quem respondeu ao fogo inimigo (em situação de extrema inferioridade de forças!) não passou de criminoso comum.
O Brasil entendeu de maneira diferente.
*Jornalista, escritor e ex-preso político, mantém os blogs:
O Rebate
Náufrago da Utopia
O Genocídio negro como política de Estado - Por Lio Nzumbi
Projeto estabelece normas para a prática do naturismo - Projeto de Fernando Gabeira
REBIA realiza Oficina de Comunicação Ambiental no FSM 2009
Vagas para Voluntariado - Inscrições abertas
O Mea Culpa de Bush - Por Antônio Tozzi
Protógenes dispensa investigação da Polícia Civil
Estas e Muita Outras informações e noticias, no seu
Blog do Ricky - Sem Mais Delongas
Entre sem bater, fique a vontade, o Blog é seu
--
Ricky Mascarenhas
73 8808-4197/9191-2213
http://blogdoricky.blogspot.com/
e-mail: ricardo.culturarte@gmail.com
Collor humilhou Lula da Selva, ao vivo, nos debates, o que os esquerdistas jamais perdoaram.
Anos depois, o seu coordenador de campanha, PC Farias, foi flagrado comprando uma Fiat Elba para a primeira dama, com sobras de campanha não contabilizadas. Perto do populista do mensalão (e pai do Lullinha milionário) era "honestíssimo".
Olavo descreveu muito bem a farsa esquerdista em "O Jardim das Aflições" e a tal "campanha pela ética". Onde estavam esses ratos esquerdistas quando flagraram o mensalão? Sumiram como camundongos que são!
No entanto, também nunca gostei muito dele nem de outros coronéis.
uma fiat elba! carro popular o lulinha é milionário,segundo lula seu filho é o ronaldinho dos negócios
O que Collor supostamente roubou em todo o seu governo, o PT lá em Brasília deve surrupiar em um só dia.
Collor perto da corja petista é uma vestal das mais puras!
A hipocrisia desses esquerdistas me dá nojo!
Collor humilhou Lula da Selva, ao vivo, nos debates, o que os esquerdistas jamais perdoaram.
Anos depois, o seu coordenador de campanha, PC Farias, foi flagrado comprando uma Fiat Elba para a primeira dama, com sobras de campanha não contabilizadas. Perto do populista do mensalão (e pai do Lullinha milionário) era "honestíssimo".
Olavo de Carvalho descreveu muito bem a farsa esquerdista em "O Jardim das Aflições" e a tal "campanha pela ética". Onde estavam esses ratos esquerdistas quando flagraram o mensalão? Sumiram como camundongos que são!
No entanto, também nunca gostei muito dele nem de outros coronéis.
uma fiat elba! carro popular o lulinha é milionário,segundo lula seu filho é o ronaldinho dos negócios
O que Collor supostamente roubou em todo o seu governo, o PT lá em Brasília deve surrupiar em um só dia.
Collor perto da corja petista é uma vestal das mais puras!
A hipocrisia desses esquerdistas me dá nojo!
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