
"O resultado de hoje [segunda] mostrou que o PMDB, unido, fica mais forte", disse Sarney no jantar de comemoração. "Agora é hora de administrar as divergências, de serenar os ânimos", afirmou Renan, muito cumprimentado na festa de Sarney como idealizador da estratégia que levou o ex-presidente ao comando do Senado."Erra quem fala que o PMDB ficará dividido em 2010. Não temos mais motivos para brigar", disse Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara e aliado de Temer. "Se houvesse uma convenção hoje, majoritariamente o PMDB caminharia para uma aliança com o PT, inclusive com participação na chapa [vaga de candidato a vice]", afirmou Geddel.
O ministro da Integração Nacional disse que as articulações para formar palanques estaduais serão importantes para viabilizar a eventual aliança PT-PMDB em 2010. Segundo ele, um arranjo desses reduziria os dissidentes a uma minoria sem força para impedir a coligação com os petistas. O PMDB possui seis ministérios no governo Lula: Saúde, Integração Nacional, Agricultura, Defesa, Comunicações e Minas e Energia. Os dirigentes do partido dizem que têm mais poder no governo Lula do que tiveram nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando chegaram a ocupar quatro pastas. Em 2008, o PMDB foi o partido que mais elegeu prefeitos.Com uma máquina partidária nacional, seis ministérios e as presidências da Câmara e do Senado, o partido volta a ter um poder que não detinha desde o governo Sarney (85-90). Novamente há verbas e cargos para acomodar todos os caciques. Na avaliação dos principais dirigentes, se Lula conduzir bem a gestão da atual crise econômica, poderá fazer de Dilma uma candidata competitiva. O petista já disse que deseja que o PMDB indique o vice do PT --Geddel e Temer são cotados.Caso a crise enfraqueça Lula, o PMDB poderia tentar uma aliança com a oposição. No caso, com o governador de São Paulo, José Serra, hoje favorito para ser o nome do PSDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário