Ana Carolina Oliveira , Jornal do Brasil - BRASÍLIA - O Brasil vai investir o equivalente a quase uma Argentina nos próximos três anos. Ao menos, no que depender do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que desde quarta passou a prever investimentos de R$ 1,1 trilhão – equivalente a US$ 561 bi (o PIB argentino é de U$ 585 bi). Do total, R$ 646 bilhões têm desembolso previsto para até 2010 e R$ 502,2 bilhões, para depois que o governo Lula tiver acabado.
Nesta quarta, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou um acréscimo de R$ 142,1 bilhões para o financiamento das obras do programa previstas para até 2010. Com a inclusão de novas ações e investimentos, o montante passa a ser de R$ 646 bilhões. Depois de 2010, a previsão de gastos inclui R$ 313 bilhões a mais, passando dos R$ 189,2 bilhões iniciais para R$ 502,2 bilhões. Em 2007, quando o programa foi lançado, o governo previa gastar R$ 503,9 bilhões no período de 2007 a 2010.
Na quarta, durante o balanço de dois anos do PAC, a ministra Dilma justificou que o governo, ao reforçar o programa, quer manter o ciclo de crescimento, garantir a geração de empregos e fortalecer a política de estímulo ao setor privado. A distribuição dos investimentos por setor mostra que a energia terá o maior volume de recursos, com R$ 759 bilhões. O eixo logístico ficará com R$ 132,2 bilhões e o social e urbano com R$ 257 bilhões. – O PAC sustenta o emprego e a renda. Tem capacidade de sustentar, ao longo de 2009, um patamar de investimento maior, apesar da desaceleração da economia – afirmou Dilma. Apesar do aumento no volume de investimentos, o governo ainda não conseguiu gastar o que foi aprovado no Orçamento Geral da União. Em dois anos de PAC, foram gastos apenas R$ 18,7 bilhões dos R$ 33 bilhões comprometidos. Portanto, até o fim de 2008, o governo gastou apenas 60% do previsto no Orçamento para obras do programa. A dotação para o ano passado era de R$ 18,9 bilhões, quando foram gastos R$ 11,4 bilhões, mas o valor empenhado em 2008 já chega a R$ 17 bilhões. O total gasto ano passado é 55% maior que em 2007, quando foram pagos R$ 7,3 bilhões. – Dizem que o PAC é só papel. Não é. Ele não é só uma peça de marketing – defendeu a ministra.
Dificuldades de crédito - Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, “o investimento privado nas obras do PAC depende de liberação de linhas de crédito”. – A chave é o crédito. A infra-estrutura é um agente anti-cíclico e para isso precisamos de crédito – alertou Godoy, que pediu a criação de um fundo de investimento e linhas de crédito com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Pré-sal incluído no programa - A inclusão de novas obras é outro fator que justifica o aumento na previsão do PAC. Um dos principais investimentos será na exploração de petróleo e gás natural, principalmente na camada pré-sal. As novas obras e as ampliações nessa área somam R$ 263 bilhões. A ministra afirmou que o objetivo do governo é consolidar as atividades existentes, desenvolver as descobertas no pré-sal e ampliar a produção. Entre as obras que envolvem o pré-sal está o projeto piloto de Tupi, que receberá aporte de R$ 6,5 bilhões. O início do teste de longa duração do campo está previsto para agosto, com conclusão em novembro. Dilma disse que a licença de instalação para a exploração sairá em 15 de fevereiro e a produção começa em maio. Também estão previstas a compra de 28 sondas de perfuração em águas profundas e a construção de duas refinarias premium – uma no Maranhão e outra no Ceará.
Na quarta, durante o balanço de dois anos do PAC, a ministra Dilma justificou que o governo, ao reforçar o programa, quer manter o ciclo de crescimento, garantir a geração de empregos e fortalecer a política de estímulo ao setor privado. A distribuição dos investimentos por setor mostra que a energia terá o maior volume de recursos, com R$ 759 bilhões. O eixo logístico ficará com R$ 132,2 bilhões e o social e urbano com R$ 257 bilhões. – O PAC sustenta o emprego e a renda. Tem capacidade de sustentar, ao longo de 2009, um patamar de investimento maior, apesar da desaceleração da economia – afirmou Dilma. Apesar do aumento no volume de investimentos, o governo ainda não conseguiu gastar o que foi aprovado no Orçamento Geral da União. Em dois anos de PAC, foram gastos apenas R$ 18,7 bilhões dos R$ 33 bilhões comprometidos. Portanto, até o fim de 2008, o governo gastou apenas 60% do previsto no Orçamento para obras do programa. A dotação para o ano passado era de R$ 18,9 bilhões, quando foram gastos R$ 11,4 bilhões, mas o valor empenhado em 2008 já chega a R$ 17 bilhões. O total gasto ano passado é 55% maior que em 2007, quando foram pagos R$ 7,3 bilhões. – Dizem que o PAC é só papel. Não é. Ele não é só uma peça de marketing – defendeu a ministra.
Dificuldades de crédito - Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, “o investimento privado nas obras do PAC depende de liberação de linhas de crédito”. – A chave é o crédito. A infra-estrutura é um agente anti-cíclico e para isso precisamos de crédito – alertou Godoy, que pediu a criação de um fundo de investimento e linhas de crédito com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Pré-sal incluído no programa - A inclusão de novas obras é outro fator que justifica o aumento na previsão do PAC. Um dos principais investimentos será na exploração de petróleo e gás natural, principalmente na camada pré-sal. As novas obras e as ampliações nessa área somam R$ 263 bilhões. A ministra afirmou que o objetivo do governo é consolidar as atividades existentes, desenvolver as descobertas no pré-sal e ampliar a produção. Entre as obras que envolvem o pré-sal está o projeto piloto de Tupi, que receberá aporte de R$ 6,5 bilhões. O início do teste de longa duração do campo está previsto para agosto, com conclusão em novembro. Dilma disse que a licença de instalação para a exploração sairá em 15 de fevereiro e a produção começa em maio. Também estão previstas a compra de 28 sondas de perfuração em águas profundas e a construção de duas refinarias premium – uma no Maranhão e outra no Ceará.
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