domingo, 15 de fevereiro de 2009

No PAC, avalanche de obras

Popular pela pregação, no início de seu segundo mandato, do ‘espetáculo do crescimento’ e pela repetição incansável do bordão ‘nunca antes na história deste país’, o presidente Lula promete agora uma avalanche de obras públicas custeadas pelo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) na reta final do Governo.O petista refuta a tese de uso eleitoreiro do programa de investimentos (que tem mais de R$ 1 trilhão em caixa nos próximos dois anos) e garante que a agenda das urnas não interfere no ritmo de execução do plano, que tem a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como ‘mãe’.“Eu, às vezes, pareço irritado, mas não fico. Eu fico meio chateado porque se você não faz as obras, você é criticado porque não fez. Se faz, é porque quer ajudar alguém. Nós estamos aqui para governar. O PAC poderia ter sido lançado em outubro de 2006. Eu não lancei em outubro de 2006 por orientação de um companheiro meu que falou o seguinte: ‘presidente, você não vai precisar disso para ganhar as eleições. E se você lançar o PAC agora, você vai desacreditar o PAC’. Eu lancei dia 22 de janeiro de 2007 e ele demorou um ano e meio para ‘pegar no breu’.”Ao fazer analogia entre o período de expansão de obras estruturais, o presidente evoca a gestão do general Ernesto Geisel, que governou o país entre 1974 e 1979. “Foi todo um trabalho de maturação. Agora, dois anos depois, é que posso dizer que tem 90% do PAC em andamento. A tendência natural é que a gente atinja os 100% e vocês vão ver obra neste país como vocês nunca viram. O último grande momento parecido foi em 1975, no governo Geisel.”Sem nenhuma modéstia, Lula se vê ainda como fiador do projeto de re-eleição de prefeitos, por meio das facilidades oferecidas pela União para a implantação de canteiros de obras. O presidente aproveitou o tema para fazer uma defesa veemente do estatuto da reeleição.“Este ano foi complicado porque nunca antes na história deste país houve tanta reeleição de prefeitos. Além dos 40% dos re-eleitos, 50% dos novos foram indicados pelos ex-prefeitos. É uma coisa extraordinária o que aconteceu. Por quê? Porque todas as prefeituras estão fazendo obras. Todos os prefeitos estão podendo fazer o que nunca puderam fazer. E eu acho que isso é bom. Para o prefeito, para o Estado e para o Brasil.” APJ.

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