sábado, 7 de março de 2009

Dilma Rousseff evita falar em eleição

A TARDE: Na primeira visita à Bahia depois de fazer cirurgia plástica e mudar o corte do cabelo, numa repaginada para provável candidatura à sucessão do presidente Lula em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou nesta sexta-feira, 6, – quando veio a Salvador assinar ordem de serviço para o início das obras da Via Expressa Baía de Todos-os-Santos – que não fala sobre sucessão presidencial “nem amarrada”. Entretanto, o cuidado que vem tendo, principalmente depois que a oposição entrou na Justiça alegando uso eleitoreiro da máquina de governo, não impediu a ministra de fazer um discurso político centrado na crise global da economia – uma das apostas da oposição para minar a candidatura lulista – a fim de mostrar os feitos do governo Lula e assegurar a continuidade dos investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PSC), carro-chefe da sua virtual candidatura.

“A cada crise o governo (anterior) quebrava, acabamos com isso (...). Nós, ao invés do que faziam no passado, que era cortar os investimentos, viemos aqui hoje dizer ‘não’. Nós vamos investir, sim! Porque só tem uma arma muito forte contra essa crise, que é investir”, disse a ministra, na Associação Comercial da Bahia, dirigindo-se a uma plateia majoritariamente de empresários, entre os quais dirigentes da Braskem, que amargou em 2008 um prejuízo de R$ 2,4 bilhões por conta da crise. “Não vamos nos deixar contaminar pelo medo e temor de que algo vai dar errado”, ressaltou Dilma, lembrando que o País tem R$ 200 bilhões de reservas, uma trajetória de déficit público decrescente – que caminha para 1% do PIB–, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comunica que aquele país fará um déficit de 12,3% do PIB, além de lembrar o sucessivo decréscimo da dívida interna brasileira e a inflação sob controle.

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