quinta-feira, 26 de março de 2009

Ministra Dilma Rousseff admite que a crise é grave, mas que país vai sofrer menos que EUA

O Globo: FOZ DO IGUAÇU. - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu nesta quinta-feira, em Foz do Iguaçu (PR), que a crise financeira mundial é grave, mas garantiu que o Brasil está em boas condições para enfrentar as dificuldades que, segundo ela, devem ser bem menores que as enfrentadas por países como os Estados Unidos e Japão e os que integram a região do euro.
- O Brasil está em melhores condições para enfrentar este problema que em outros momentos do passado. Além disso, o governo está tomando todas as medidas necessárias para o enfrentamento da crise - disse Dilma, ao participar de um seminário em Foz do Iguaçu para discutir a crise mundial.
Um exemplo de que "o Brasil não quebrou" e da segurança financeira do país, a ministra citou a iniciativa do governo de anunciar, em pleno colapso mundial, um pacote de grandes investimentos, como é o caso do programa "Minha Casa, Minha Vida", com subsídios para a casa própria através de recursos públicos. Lançado na quarta-feira pelo governo federal, o pacote prevê investimentos de R$ 34 bilhões para a construção de 1 milhão de moradias com previsão de início a partir de 13 de abril.
- Ele (o plano habitacional) é uma das mais poderosas armas anticrise porque tem como objetivo também criar empregos na área da construção civil, gerando renda e riqueza - disse a ministra.
Ela reiterou que ainda não é possível definir prazos para a conclusão das obras.
- Quando o governo se recusa a dar prazos, ele diz o seguinte 'nós demos as condições para se fazer' e está garantindo todas as condições para quem vai executar. Como vou colocar metas e exigir que uma empresa privada cumpra estas metas? - justificou.
Dilma explicou ainda que o objetivo do governo com o pacote é, entre outros, assegurar que aqueles que realmente precisam possam pagar as prestações da casa própria sem que para isso precise sacrificar os gastos com itens de necessidade básica - reforçou a ministra ao lembrar que, em mais de 25 anos, "nunca se fez um programa para acabar com o déficit habitacional", hoje estimado em mais de 7,2 milhões de moradias, dentre os quais, 91% na faixa de famílias com renda entre zero e três salários mínimos.
Agilidade - A fim de agilizar a concretização do pacote habitacional, a ministra afirmou que, em atendimento a pedidos feitos por representantes da construção civil, o governo está procurando reduzir em dois terços o tempo médio de 33 meses para a entrega de 1 milhão de moradias. Uma das alternativas seria diminuir o tempo para a liberação dos licenciamentos ambientais e a burocracia dos processos nos cartórios.
- Este é apenas o primeiro passo e tenho certeza que o Brasil tem plenas condições para dar continuidade ao programa.
Na passagem por Foz do Iguaçu, Dilma Rousseff ficou o tempo todo acompanhada do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) e recebeu até mesmo representantes do Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Associação dos Municípios do Paraná (AMP). Nesta quinta-feira, o MST chegou a interditar por duas horas a Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.

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