Não podemos negar que o nosso presidente da República é uma figura marcante na política brasileira. Sem a formação cultural de outros políticos, revela-se um exímio comunicador de massa, com um linguajar fácil, simbólico e perfeitamente compreensível a todos. Essa simplicidade de comunicação, associada à exploração de sua eterna imagem de nordestino pobre (ex-pobre), tem arrebatado simpatias pelo país afora. E disso ele tem consciência e sabe tirar vantagem. E não existe, atualmente, ninguém capaz de sobrepujá-lo na esperta arte de fazer política. Sabe enxergar de longe o caminho a percorrer para tirar vantagem nem que tenha que se aliar com aqueles que no passado foram seus adversários. Revela competência invulgar na área em que atua. É uma verdadeira águia para fazer política. Mas, patuleia, muito cuidado, pois o carismático "homem" denota objetivos inconfessáveis de pretender perpetuar-se no comando da política nacional. Duas coisas chamam-me a atenção. A primeira é a flagrante campanha política à Presidência da República que o nosso presidente vem promovendo, a qualquer custo, a imagem da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje com um rosto angelical.
Como justificativa à divulgação do PAC, a ilustre ministra Dilma tem acompanhado o presidente da República em suas andanças pelo país afora, distribuindo sorrisos aqui e acolá, o que não era comum vê-la nesse estado de graça, tudo adrede preparado como promoção à sucessão presidencial. Nesse míster, o presidente Lula conhece melhor que todos a arte do sucesso político. Como é uma figura carismática junto às massas populares, o seu aval, seja a Dilma ou a quem quer que seja, se transforma hoje num passaporte fácil à cadeira do Planalto. A segunda coisa é a forma enfática manifestada pelo presidente Lula para reclamar de fatores que dificultam as ações de seu governo. Parece até que ele não conhecia os entraves de nossa velha burocracia administrativa pública para só agora se preocupar com o problema diante da dificuldade que o governo encontrou para distribuição do dinheiro do PAC. Se ele fosse interessado nos problemas brasileiros, deveria ter se lembrado, no início de governo, que há 30 anos o ex-ministro de Desburocratização Hélio Beltrão lançou medidas para desburocratizar o país, o que só agora este governo pretende retomar.
O nosso guru, antes de ser presidente, parecia conhecer os problemas nacionais e de nossa administração pública porque sempre se notabilizou em fazer críticas à administração de todos os governos anteriores. Vejam que curioso: o crítico de banqueiro passou a ser venerado pela comunidade financeira graças à transigência de seu governo com os altos juros bancários, bem como pela bonomia demonstrada, por exemplo, com a instituição do crédito consignado aos "velhinhos" da Previdência, cujos banqueiros estão hoje rindo à toa com os lucros caídos do céu e proporcionados por decisões governamentais. Se a burocracia administrativa pública é um antigo câncer que dificultava e dificulta a vida das pessoas físicas e jurídicas, por que o presidente desde o início de governo não procurou implementar medidas saneadoras e profiláticas para combater o velho mal da burocracia? Governou tanto por medidas provisórias, deveria ter se valido também desse instrumento para colocar o país burocrático em ordem, em vez de ficar fazendo demagogicamente discurso inflamado e eleitoreiro para plateia de prefeitos em Brasília.
Como justificativa à divulgação do PAC, a ilustre ministra Dilma tem acompanhado o presidente da República em suas andanças pelo país afora, distribuindo sorrisos aqui e acolá, o que não era comum vê-la nesse estado de graça, tudo adrede preparado como promoção à sucessão presidencial. Nesse míster, o presidente Lula conhece melhor que todos a arte do sucesso político. Como é uma figura carismática junto às massas populares, o seu aval, seja a Dilma ou a quem quer que seja, se transforma hoje num passaporte fácil à cadeira do Planalto. A segunda coisa é a forma enfática manifestada pelo presidente Lula para reclamar de fatores que dificultam as ações de seu governo. Parece até que ele não conhecia os entraves de nossa velha burocracia administrativa pública para só agora se preocupar com o problema diante da dificuldade que o governo encontrou para distribuição do dinheiro do PAC. Se ele fosse interessado nos problemas brasileiros, deveria ter se lembrado, no início de governo, que há 30 anos o ex-ministro de Desburocratização Hélio Beltrão lançou medidas para desburocratizar o país, o que só agora este governo pretende retomar.
O nosso guru, antes de ser presidente, parecia conhecer os problemas nacionais e de nossa administração pública porque sempre se notabilizou em fazer críticas à administração de todos os governos anteriores. Vejam que curioso: o crítico de banqueiro passou a ser venerado pela comunidade financeira graças à transigência de seu governo com os altos juros bancários, bem como pela bonomia demonstrada, por exemplo, com a instituição do crédito consignado aos "velhinhos" da Previdência, cujos banqueiros estão hoje rindo à toa com os lucros caídos do céu e proporcionados por decisões governamentais. Se a burocracia administrativa pública é um antigo câncer que dificultava e dificulta a vida das pessoas físicas e jurídicas, por que o presidente desde o início de governo não procurou implementar medidas saneadoras e profiláticas para combater o velho mal da burocracia? Governou tanto por medidas provisórias, deveria ter se valido também desse instrumento para colocar o país burocrático em ordem, em vez de ficar fazendo demagogicamente discurso inflamado e eleitoreiro para plateia de prefeitos em Brasília.
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