sexta-feira, 13 de março de 2009

Pacote habitacional sai em até dez dias, diz Lula

Pacote traz medidas para incentivar o setor da construção civil e incentivar a construção de até 1 mi de casas
AE - Lula discursa durante visita a obras de Jirau PORTO VELHO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 12, que anunciará em até dez dias o pacote de medidas para incentivar o setor da construção civil e incentivar a construção de até 1 milhão de moradias. "Estou indo para os Estados Unidos na semana que vem, mas, na sexta-feira da próxima semana ou, no máximo, na outra segunda-feira, anunciaremos o programa, que será o mais ousado e corajoso programa habitacional do Brasil". Ele lembrou que um mutuário da sua idade (63 anos) paga o equivalente a 37% da prestação a título de seguro de vida e os até 40 anos pagam 10%. "Vamos acabar com isso". Lula também confirmou que os beneficiados que estão hoje pagando aluguel não vão acumular o gasto do aluguel com a prestação do imóvel. "Enquanto a pessoa paga aluguel e a chave não for entregue, pagará apenas taxa simbólica, de R$ 20 a R$ 30", disse Lula em discurso em um bairro da periferia de Porto Velho, no qual entregou a escritura definitiva para moradores que tinham regularização de seu imóvel pendente.
Bancos públicos - Lula disse que, na reunião que terá com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no sábado, e com os líderes do G-20 em abril defenderá que a prioridade para resolver a crise não é colocar dinheiro em bancos, mas "assumir a normalização do crédito internacional". Em entrevista após participar de entrega de escrituras de residências em Porto Velho, disse que para que o crédito internacional seja normalizado "alguns países vão ter de assumir a criação de bancos públicos". Lula afirmou, inclusive, que vai mostrar aos líderes internacionais como funcionam os bancos estatais brasileiros, como o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lula evitou fazer comentários obre a decisão do Copom, que ontem reduziu a taxa de juro em 1,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Mas disse que o problema não é se o Copom vai baixar o juro em 1 ponto ou 1,5 ponto. "A questão é a escassez de crédito. O dinheiro desapareceu no mercado internacional", disse. Ele voltou a dizer que o governo não vai reduzir gastos em saúde, ou com o Bolsa Família, nem vai mandar funcionários embora. "Vou anunciar mais obras e mais projetos sociais", afirmou. O presidente lembrou que vai anunciar nos próximos dias um pacote para a habitação e também um programa de renovação da frotas de caminhões e ônibus, sem no entanto, dar mais detalhes. "O Brasil foi o último país a ser atingido pela crise e será o primeiro a sair". da Agência Estado.

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