O máximo que encontrei como exemplo oposicionista-midiático dessa acusação foi a CUT ter levado uma faixa de apoio à ministra por sua doença a um evento qualquer no qual ela teria feito “campanha”. Esses golpes baixos só fazem provar que a oposição e seus jornais, revistas e tevês estão desesperados. Tão desesperados que já apelam para a menor possibilidade que vêem de prejudicar a imagem de Dilma. Parece haver uma certeza muito grande dos oposicionistas de que qualquer coisa tem que ser feita rapidamente – e a qualquer custo – para combater um avanço formidável que deixam ver que acham que a candidatura Dilma estaria logrando obter. Claro que a imprensa e a oposição – assim como o governo Lula – têm acesso a informações que não tenho, tais como pesquisas não divulgadas etc. Contudo, até onde sei, não deveria ser para tanto. Apesar disso, a direita parece acreditar numa disparada de Dilma quando as cartas estiverem na mesa, lá pelo segundo trimestre de 2010. Há uma certeza fatalista no poder que o presidente da República teria de transferir popularidade à sua candidata. Publicar na primeira página de um dos maiores jornais do país uma falsificação grosseira como a da ficha criminal de Dilma à época da ditadura ou inventar tentativa dela mesma de explorar politicamente uma doença capaz de levá-la à morte, não é conduta de quem está por cima como a imprensa diz que Serra está. É inexplicável a insistência da direita numa estratégia que jamais funcionou nos últimos seis anos e tanto. Parece que confundiram a queda tênue da popularidade de Lula – que ocorreu devido ao aumento do desemprego no fim do ano passado – com um inexistente mérito de tal estratégia. O rápido soerguimento econômico que o Brasil vem exibindo é o que me parece estar assustando a oposição. Comparo esses ataques tresloucados a Dilma ao comportamento de uma fera acuada, que então se torna mais violenta e feroz. E há que lembrar que, quando o caçador acua a caça, ela já está perdida. Inclusive devido aos erros que o medo a fez cometer.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Como feras acuadas
Eduardo Guimarães: Um fato da maior importância está passando despercebido àqueles que estão se indignando com as recentes armações contra a ministra Dilma Rousseff. A fé alardeada pela imprensa oposicionista na vantagem do governador José Serra nas pesquisas de intenção de voto sobre a eleição presidencial de 2010 vem se mostrando legítima como uma nota de três reais. Na verdade, se formos analisar bem o que estão fazendo contra Dilma, chegaremos à conclusão de que esses grupos políticos estão à beira do desespero. Ou não é desespero da Folha de São Paulo, por exemplo, publicar um spam que circula há meses na internet – e que é flagrantemente falso – na tentativa de vender à opinião pública a acusação de que Dilma era uma terrorista perigosa que planejava seqüestros? Outro indício é o boato que a mídia vem alimentando de que a candidata de Lula à própria sucessão teria forjado um câncer para comover o eleitorado ou de que ela estaria tentando explorar a própria doença para angariar simpatias. Procurei qualquer exemplo de que Dilma estaria “usando” o próprio “câncer” em prol de sua candidatura. Não encontrei. Os que tentam difundir essa barbaridade nem se preocupam em apontar exemplos de que ela seria real.
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Editado(a) por
Daniel Pearl Bezerra
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário