Revista Época - Cristiane Segatto - A primeira sessão de quimioterapia da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, 61 anos, está prevista para ocorrer no dia 9 de maio no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Por ser um sábado, Dilma terá o final de semana para se recuperar do procedimento sem prejuízo de sua agenda. A primeira infusão de drogas pode durar cerca de oito horas. As sessões seguintes serão mais rápidas (com duração de cerca de três horas). Dilma deve passar por uma sessão de quimioterapia a cada três semanas durante quatro meses. Ela será submetida a um esquema quimioterápico chamado R-CHOP. Além de quatro drogas convencionais (ciclofosfamida, doxorubicina, vincristina e prednisona), ela receberá, a cada sessão, o medicamento MabThera (rituximabe). Cada dose desse remédio, nem sempre disponível no SUS, custa cerca de R$ 7 mil. Esse medicamento faz parte da classe chamada de terapia-alvo. Ele reconhece uma molécula que fica na superfície das células cancerosas. Destrói preferencialmente as células doentes e poupa as saudáveis. É menos tóxico e causa menos efeitos colaterais. A ministra tem linfoma não-Hodgkin de grandes células B. Um gânglio de 2,5 centímetros foi detectado e extraído ainda no estágio 1 A, o mais precoce possível. Pacientes que se tratam de linfoma nas mesmas condições costumam suportar bem esse tipo de quimioterapia. A maioria consegue manter as atividades profissionais e até viajar frequentemente. Os médicos que acompanham Dilma acreditam que a ministra conseguirá manter as atividades habituais. Viagens estão liberadas e ela não sofrerá restrições alimentares. Efeitos colaterais como náuseas e vômitos serão atenuados com medicamentos. É provável que ela tenha queda de cabelo e se sinta um pouco mais cansada que o habitual. Cinco anos após o final desse tratamento, 90% dos pacientes estão vivos.
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