Agencia Estado: BELO HORIZONTE - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que o governo federal está estudando eventuais mudanças na caderneta de poupança. A principal preocupação, segundo ela, é que não se pode confundir a caderneta de poupança com opção de investimento para grandes quantias. "O governo não tem preocupação com rendimentos maiores ou menores da caderneta de poupança do povo brasileiro. A questão é que poupança é poupança e investimento é investimento", disse. Para Dilma, não se pode sustentar a rentabilidade de investidores que estavam investindo em outro fundo e agora olharam para a poupança e viram uma oportunidade e, então, mudaram de aplicação. "Não é isso", disse Dilma, acrescentando que ainda não há um modelo pronto e aprovado para mudança na caderneta de poupança.
Combustível - Dilma admitiu hoje que, se os preços do petróleo mantiverem a queda permanente, a tendência é de que haja uma adequação dos atuais preços dos combustíveis aos níveis internacionais. "A União está avaliando as condições em que isso se dará. Mas quem faz as modificações é a Petrobras."Dilma lembrou que o governo não elevou os preços dos combustíveis quando a cotação do petróleo estava subindo, em meados do ano passado, e não fará um ajuste para baixo só porque as cotações diminuíram, após o pico de quase US$ 150 o barril, - a menos que essa queda seja permanente. "Não funcionamos como sombra do mercado internacional, nem apostamos na volatilidade dos preços do petróleo."A ministra disse que as decisões sobre os preços dos combustíveis não são políticas. "Talvez política econômica, mas não parlamentar. É no sentido de haver oportunidade." Ela, contudo, chamou a atenção para o fato de que avaliar que o mercado internacional de petróleo é livre "é no mínimo uma ingenuidade".
Superávit - A ministra da Casa Civil defendeu a medida adotada esta semana pelo governo federal de reduzir a meta de superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida) de 2009, de 3,8% para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ela, a mudança foi adotada diante da crise financeira internacional, mas o governo possuía margens de manobra para a diminuição. "Não significa que abandonamos isso. Tanto é que a meta (de superávit) para 2010 é de 3,3%."A ministra ressaltou que o esforço não foi adotado apenas para cumprir os compromissos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Nós temos a consciência de que não vivemos um momento normal na economia em 2009 e para recuperar a normalidade no Brasil tem de ser com crescimento, crescimento, crescimento. E para isso vamos reduzir o superávit primário", afirmou.
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