Marina Mello, Portal Terra: BRASÍLIA - O cientista político da Unicamp, Roberto Romano, disse que a notícia de que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, extraiu um tumor e enfrenta um tratamento contra câncer linfático pode fazer ressurgir a tese de terceiro mandato. Segundo o professor de ética e de política, é muito ruim a descoberta da doença e, apesar de estar certo de que Lula manterá seu apoio à candidata, seu nome poderá perder força dentro da própria base de apoio do PT. Dilma anunciou em entrevista coletiva neste sábado que extraiu um linfoma e está se tratando de um tipo de câncer com origem no sistema linfático. Há cerca de três semanas, ela se submeteu a uma cirurgia para a extração do nódulo na região da axila esquerda e colocou um cateter para as aplicações de quimioterapia, que devem durar quatro meses. A doença complica a situação da sucessão. Certamente dentro da base governista pode ressurgir a tese do terceiro mandato e aí a coisa complica porque o Congresso está muito fragilizado", disse. Na visão dele, em hipótese alguma o presidente apoiaria qualquer idéia que não fosse a de lançar a candidatura de Dilma. Isso seria muito ruim pra própria imagem do presidente, Lula jamais chegará a esse tipo de insensibilidade. O problema está nos setores governistas do PT, que vão levantar a tese do terceiro mandato, avalia.
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