terça-feira, 7 de abril de 2009

Em MG, Dilma rouba cena de Aécio, pré-candidato tucano

Enquanto governador enfrentou até protesto, ministra foi recebida sob aplausos e com versão adaptada do refrão da primeira campanha de Lula
AE Estadão
Os aliados do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), apostavam que a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) ontem, em Montes Claros, serviria de vitrine para que ele apresentasse sua pré-candidatura a presidente, mas a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff , roubou a cena. A provável adversária do PSDB na corrida desembarcou na cidade muito à vontade, risonha e mascando chiclete. Foi recebida sob fartos aplausos de populares, que entoavam uma versão adaptada do refrão da primeira campanha à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva - "Olê, Olá, Dilmá, Dilmá".Os petistas, sabendo de antemão que Dilma dividiria a cena com Aécio, ficaram exultantes. Em vez de ser recepcionada como visitante, ela foi acolhida como conterrânea até pelo anfitrião Aécio, que a saudou como "a ministra mineira".
Surpreso e um pouco constrangido com uma manifestação de professores que, em coro, cobravam um "piso da educação", Aécio fez questão de ressaltar o apreço pela "parceria e soma de esforços" com o PT local e o governo federal. "Precisamos nos unir no exercício da política, não para estarmos juntos, mas para construirmos juntos", destacou.Na Sudene, Dilma fez um discurso político. Criticou a falta de uma política desenvolvimentista, que condenou o Nordeste a "não ser sequer pensado". Propôs que a Sudene represente um fórum em que o Nordeste seja visto na perspectiva de um local que, se não se desenvolver, "não haverá desenvolvimento humano no Brasil".O espírito de união ficou claro na cena protagonizada por Lula, Aécio e pelo vice-presidente da República, José Alencar, no encerramento da reunião. No contexto da homenagem prestada a Alencar, cada um tomou em suas mãos uma viola caipira e, juntos, encenaram um trio de cordas.

Um comentário:

Álbano Silveira Machado disse...

Isto mesmo, Jussara.
Estive lá. No aeroporto, os organizadores da recepção (Governo de MiInas, Prefeitura de Montes Claros e AMAMS- Associação Regional de Municípios) afastaram Lula e a Dilma do povão,com um forte esquema de segurança, credencial só para turma do Aécio, prefeitos e presidentes de Câmara de Vereadores.
No entanto, a porta da Usina da Biodiesel, no Distrito Industrial, foi tomada por cerca de 500 militantes de movimentos populares, com distribuição de panlfetos, faixas saudando "esse cara", dois grandes boneco de Lula e Obama, caarro de som.
Ao passar pelos manifestantes, aplausos para Lula, Dilma e Patrus Ananias, candidato a governdador pelo PT de Minas. Vaias para o Prefeito Tadeu Leite (PMDB), de Montes Claros, e para Aécio Neves. Os professores estaduais cobravam do governador o piso salarial, aos gritos de " Aécio, a culpa é sua, a educação agora está na rua".
Ministros, 11 Governadores, funcionários da Petrobrás, deputados, Prefeitos, vereadores, e assessores próximos a agentes políticos entravam com credencial anteriormente distribuídas. O povão forçou a barra aos gfitos e tiveram que abrir um portão lateral para entrada dos defensores da Dilma.
Dias atra´s, deputados mineiros articularam prefeitos e vereadores para lançarem a candidatura de Aécio. O povão calou a boca deles.
O que se ouviu depois foram declarações de prefeitos e vereadores de apoio a Dilma, caso o Aécio não consiga a vaga de candidato a presidente no PSDB. Isso, devido à Dilma ser mineira, ser respeitada pelo trabalho com o PAC e o respeito e admiração pelo governo Lula.