DITABRANDA DA FOLHA: CAMUFLAGEM DA DITADURA MILITAR
Francisco Antônio de Andrade Filho. Foi no dia 5 de abril de 2009. A Folha de São Paulo revela-se perversa na reprodução da ficha falsa e manipulada sobre ministra da Casa Civil. A elite do PIG se esconde na ideologia da segurança nacional. Repete sua função falseadora durante a Ditadura do Golpe Militar de 1964. São páginas ensopadas de sangue e, à luz daquela ideologia, reproduzidas nos dias de hoje. É uma criminosa camuflagem descarada. E vejo a vergonhosa e extravagante manchete: ''Grupo de Dilma Planejou Seqüestro de Delfim Neto''. Em reação contra a postura da Folha, Os blogues, Desabafo e Dilma Presidente, entre outros milhares de amigos da Blogosfera, postaram excelentes matérias em defesa da verdade. De minha parte, participo na busca da mesma realidade com a reflexão a seguir e em homenagem a Dilma Rousseff. E indago: é possível perceber a postura da Folha de São Paulo, inserida na ideologia da segurança nacional? Sua falsa ficha seria uma camuflagem do Golpe de 1964? Estaria ela com saudade das torturas e mortes dos defensores da Democracia contra a Ditadura Militar daqueles anos escuros (1964/1985)?
Sim. Um dos aspectos de natureza intrínseca de ideologia é a relação “ideologia-consciência.” De um lado, a base material da consciência e, por outro, a natureza falseadora ou ideologia como inversão da realidade, características da representação ideológica. A ideologia é a inversão deformadora da realidade. Ela afirma e nega; expressa verdade das realidades numa imagem invertida. Ela as oculta, oferecendo aos homens uma representação mistificada do sistema social, para mantê-los em seu “lugar” no sistema de exploração de uns pelos outros. Necessariamente deformante e mistificadora numa sociedade de classe, a ideologia é produzida como tal ao mesmo tempo pela opacidade da determinação pela estrutura e pela existência da divisão de classes. Nessa linha, e de modo resumido, através da imprensa, ocorre um processo ideologicamente em dois níveis. Enquanto processo ideológico, a “Falsa Ficha na Folha”, transmite e reproduz conteúdos culturais da República Militar, impondo-os aos sujeitos das classes dominadas. Além disso, cria nelas, a necessidade de aceitar a ação pedagógica da cultura dominante. Inculca uma educação que orienta suas ações.
Entrementes, esse sistema de pensamento objetiva camuflar através do discurso articulado, as reais relações de violência material e de violência simbólica. É o pensamento pedagógico da ditabranda, tentando mostrar sua autonomia e justificar sua validade. Na camuflagem da “Falsa Ficha na Folha”, verificam-se as barbaridades do Golpe – 1964/1985. Constata-se a vivificação da Ideologia de Segurança Nacional naqueles tempos. Confirmam-nos, também, as sábias palavras da Dilma nestes últimos dias contra o agir falseador dos redatores do referido órgão da Imprensa. Ela disse: ''A ficha é falsa, é uma montagem. (...)''Eu nunca militei em São Paulo nesse período que eles relatam na ficha. Eu morava em Minas(...) ''Não é possível supor que se dialogue no choque elétrico, no pau-de-arara. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia (...) a minha situação fica bastante desagradável para aqueles que defendem ou que houve ditadura branda no Brasil ou que no Brasil havia uma regularidade, naquele período, democrática. Nem uma coisa nem outra. Naquela época se torturava; se matou; se prendeu''.
E em resposta ao José Agripino Maia (DEM-RN), no Senado, a ministra da casa civil enfatizou: “''Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, Senador.'' Folha de São Paulo - bem atenta às conquistas da democracia brasileira-, não camufle mais o golpe militar. Longe de nós, a ficha falsa contra os valores democráticos da Mãe do PAC. A verdade sempre se aflora. A mentira tem pernas curtas e queima logo as folhas do PIG Todavia, proclame a verdade em benefício de todo povo brasileiro, seus projetos políticos, entre outros, da “Minha Casa, Minha Vida”. Registre nos Cadernos da Folha, as virtudes desta mulher, nesta meditação: o que mais nos interessa na Dilma Rousseff é a beleza de seu espírito. Se ela, depois da cirurgia plástica, continua bonita, é porque essa beleza já existe dentro dela. Da sua alma, flui uma nova roupagem do belo num corpo saudável. A “Mãe do PAC” é mais bela ainda, de corpo e alma, com a prática das seguintes virtudes: autoconfiança, generosidade, conduta ética, tolerância, espírito alegre, concentração e sabedoria.
Confiantes nesses traços de beleza, os leitores sentir-se-ão bem em casa com a vitória da primeira mulher presidente do Brasil 2010. O brilho de sua beleza imprimirá uma direção de vida do povo brasileiro. Qual bússola, o belo de seu corpo e de sua alma, apontará os caminhos de um País cada vez mais independente e soberano.
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