segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mantega nega exclusão da fatia da Petrobras do superávit primário

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse há pouco que "não está em pauta" a exclusão da Petrobras da economia necessária ao pagamento de juros da dívida pública, o chamado superávit primário, em 2010. Apesar desse tema ter sido aventado por algumas publicações, no último fim de semana, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, também não quis confirmar: "Isso não é assunto da minha área; perguntem ao Guido." Dilma e Mantega participaram hoje por quase três horas de reunião ordinária do conselho de administração da Petrobras. Entraram por volta do meio dia e deixaram o prédio da estatal em Brasília pouco depois das 15h. A ministra também não quis comentar sobre a possibilidade de a Petrobras vir a baixar o preço dos combustíveis. "A reunião é do conselho de administração da Petrobras; portanto, não é aqui", chegou a mencionar a ministra, que preside o conselho.

A hipótese do superávit primário sem a contribuição da Petrobras foi publicada em jornais, com o argumento de que a estatal precisará de reforço de caixa, ano que vem, para investir na exploração de óleo na camada do pré-sal, descoberto na Baixada Santista. Tal versão lembra que, em tempos de crise e com redução do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras deve gerar bem menos caixa do que vinha conseguindo antes do agravamento da crise, em setembro de 2008.A exclusão da Petrobras da economia para o pagamento de juros da dívida faria sentido, ainda segundo a versão publicada, uma vez que as estatais federais contribuem com 0,65 ponto percentual para a meta de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) fixada para o superávit primário do setor público consolidado. De acordo com o Ministério da Fazenda, a Petrobras é quem dá a maior contribuição ao superávit das estatais federais, o equivalente a mais de 90% da meta. (Azelma Rodrigues | Valor Online)

Nenhum comentário: