Raul Ferreira - Zero Hora: Conheci a atual ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em 1986 numa sala do programa A CASA É SUA apresentado na época pelo Cândido Norberto na TVE. Ela entrou meio esbaforida e me disse que tinha chegado cedo demais para a entrevista e ficamos conversando. Com muita naturalidade ela foi me contando a sua impressionante trajetória que começou em Minas Gerais e chegava agora ao Rio Grande do Sul. Falou da luta armada , das batalhas pela volta da democracia e a paixão pelo programa do lider pedetista Leonel Brizola. Mais tarde os anos foram passando e sempre que precisasse de uma mulher inteligente e de boa conversa eu buscava aquela intelectual, que dominava as palavras e números, para participar dos programas de comportamento, de política e de economia. Há 12 anos quando estava no programa Conversas Cruzadas da TV COM nossos contatos eram mais frequentes e naquela época a ministra do governo Lula estava fazendo um curso de doutorado em Campinas nas quintas-feiras à noite.
E não foram raras as vezes que ficavamos conversando até uma hora por telefone como se fossemos bons e velhos amigos. Quem não conhece esta mulher que parece às vezes dura no olhar pode não perceber a ternura e a bondade que ela tem. Não estou falando de política só. Falo das convicções de um ser humano que passou boa parte da vida lutando e sonhando com amplas transformações na vida do Brasil e que agora se vê pessoalmente diante de uma doença com seus estigmas e suas amplas complicações no tratamento. Seus amigos vão dizer que são apenas quatro meses mas a senhora pode perceber que isso representa mais de cento e vinte longos dias. Dias que precisam de muita atenção, cuidado e foco num problema que requer muito combate. Agora, além dos meus novos amigos e amigas que encontro diariamente no COR do Mãe de Deus, terei mais uma para torcer pela recuperação neste caminho que também estou travando. Dilma Roussef, BOA SORTE!
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