A grande mídia nacional não vai gostar da reportagem do jornal O POVO de Fortaleza a cerca do prestígio do presidente Lula no exterior. Leia com muita atenção:
Depois dos elogios de Barack Obama a Lula durante a reunião do G20, O POVO propôs a estrangeiros que escrevessem depoimentos sobre que impressão tinham do presidente do Brasil e qual o prestígio dele nos seus países. Um indiano, um chinês, um português e uma argentina - todos morando em seus respectivos países e sem influência da mídia brasileira - nos responderam topando o desafio. Os depoimentos, publicados em posts logo abaixo, acompanham reportagem, assinada pelo repórter Paulo Verlaine, publicada no O POVO deste domingo - com exceção do texto da argentina, que chegou após o fechamento da edição. Para ler a reportagem, é só buscar a página 29 do jornal por meio do O POVO Digital: digital.opovo.com.br/reader2. Fotos: em sentido horário, Manjeet Singh (Índia), Zhi Huang (China), Victoria Ramos (Argentina) e Marco Delgado (Portugal).
Manjeet Singh, da Índia.
O presidente Lula é um dos mais dinâmicos líderes das economias emergentes. Ao lado da liderança indiana, tem sido capaz de, até agora, conter os esforços protecionistas das economias desenvolvidas e isto tem salvado economias baseadas na agricultura na Índia, China, Brasil, dando apoio também aos países em desenvolvimento da África na rodada de Doha. O pessoal da área comercial daqui o conhece muito bem e ele até parece um indiano com aquela barba e sorriso atraente no rosto, bem afável. As massas, isto é, as pessoas com baixo nível de condição social e cultura, podem não conhecê-lo. Seu papel na recente reunião do G20 foi notável e o mundo sabe que o século XXI pertence a países como Brasil, Índia e China. E, com a hábil liderança de Lula, esses países atingirão a sua posição correta no mundo. >> O indiano Manjeet Singh, de 36 anos, é gerente de exportação e mora em Nova Delhi, Índia.
Zhi Huang, da China.
O presidente Lula é um desses presidentes por quem o povo chinês tem grande respeito. Sua experiência de vida, nascido de uma família de camponeses, começando sua carreira como torneiro mecânico, sua dura luta em direção à Presidência, e seus esforços em favor da felicidade e melhora das condições de vida dos brasileiros, tudo isso o torna bastante respeitado pelo povo chinês. O que ele tem feito em favor das relações de amizade Brasil-China tem contribuído também para o carinho do povo chinês: fequentes visitas de alto nível, apoio à China e outros países em questões internacionais agradam também os chineses que trabalham e moram no Brasil, enviando votos de felicidade na passagem de cada Ano Novo Chinês. China e Brasil, ambos os maiores e mais populosos países em seus continentes, com muitas situações em comum, devem fortalecer os lanços de união e cooperação nos campos da ciência, educação, energia, agricultura, para fazer frente aos efeitos da atual crise econômica. Sob a liderança do presidente Lula, China e Brasil, com essa cooperação mútua, alcançarão o seu devido papel de influência no mundo. >> O chinês Zhi Huang é gerente de exportação e mora em Ningbo, China.
Marco Delgado, de Portugal.
A maioria dos portugueses sabe pouco sobre o Lula. Limitam-se a saber que ele é o presidente do Brasil, não conhecem a origem humilde e a sua trajetória de trabalhador metalúrgico à atual posição de presidente. A minha opinião é diferente, estes dois mandatos do Lula foram realmente positivos para o Brasil, pois houve uma estabilização da dívida externa e uma aposta em medidas sociais. Houve também um grande salto a nível energético, sendo neste momento um país auto-sustentável em energias fósseis, além de ser um dos países a apostar fortemente nos biocombustíveis. Só espero que toda esta demanda pelo biocombustivel não sirva de desculpa para a continuação do abate da Floresta Amazônica. >> O português Marco Delgado, 33 anos, é consultor de informática e mora em Lisboa, Portugal.
Victoria Ramos, da Argentina.
A opinião que muitos de nós, argentinos, temos sobre o presidente do Brasil, Lula da Silva, foi mudando com o passar do tempos de seu governo. Em princípio, achava-se que ele era uma pessoa analfabeta que pouco podia fazer por um país de tais dimensões e semelhante população. Hoje em dia, considero que Lula pode comandar, juntamente com outros líderes da região, o crescimento da América Latina e a independência em relação aos Estados Unidos e às exigências do FMI. Tenho esperança de que o recente aparecimento de fortes líderes latino-americanos contribuirá para nosso desenvolvimento, acompanhado de uma distribuição de renda mais igualitária que permita a igualdade social. Vejo Lula como um líder que pode mostrar aos povos e países como existe uma realidade possível de atingir, com um governo socialista e integrador que, ao invés de depender do exterior, busca a emancipação definitiva. >> A argentina Maria Victoria Pizarro Ramos, de 28 anos, é psicóloga.
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