De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro de 2009, a produção industrial avançou 1,8% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com fevereiro de 2008, a retração foi de 17,0%. Com isso, o setor acumulou queda de 17,2% no primeiro bimestre de 2009, em relação a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, perdeu ritmo na passagem de janeiro (1,0%) para fevereiro (-1,0%), registrando o primeiro resultado negativo desde setembro de 2002 (-0,4%). Em que pese o avanço na produção em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, os índices em 2009 continuam abaixo do patamar produtivo observado no final do ano passado, evidenciado na evolução do indicador de média móvel trimestral, cuja variação para o total da indústria ficou em -3,3% entre fevereiro e janeiro deste ano. Com o avanço de 1,8% observado no total da indústria entre janeiro e fevereiro, após aumento de 2,1% no mês anterior, o patamar de produção voltou a nível próximo ao de junho de 2004. Dos 27 ramos, 16 apresentaram crescimento, com destaque para veículos automotores (8,7%), refletindo principalmente a retomada na produção de automóveis. Esse setor acumulou alta de 52,2% nos dois primeiros meses de 2009, após as paralisações nos meses de novembro e dezembro. Também merecem destaque os seguintes aumentos: outros produtos químicos (8,0%), edição e impressão (10,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (8,7%) e alimentos (1,4%). As principais pressões negativas vieram de farmacêutica (-6,9%); máquinas e equipamentos (-3,2%) e outros equipamentos de transporte (-4,2%). Ainda na comparação com o mês anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (10,5%) alcançou a taxa mais elevada entre as categorias de uso, registrando o segundo resultado positivo consecutivo, que levou a um crescimento de 50,6% frente a dezembro de 2008. A produção de bens de consumo semi e não duráveis (1,7%) reverteu o sinal após quatro meses de taxas negativas, período que acumulou perda de 7,6%. Bens intermediários (1,5%) assinalou o segundo avanço consecutivo em 2009, enquanto o setor de bens de capital (-6,3%) foi o único a reduzir a produção na passagem de janeiro para fevereiro.
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