O novo cenário político, dizem petistas, só será definido no prazo de no mínimo um mês. Nesse período, observam, haverá uma paralisia nas articulações sobre sucessão e negociações de alianças. Em qualquer mudança no xadrez político, só há uma certeza: a de que o presidente Lula será decisivo para a definição de sua própria sucessão. Hoje, no Palácio do Planalto, qualquer especulação sobre uma eventual substituição da candidatura de Dilma está descartada. Apesar de o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), estar liderando as pesquisas Datafolha e CNT;Sensus , Dilma vem crescendo nos levantamentos.O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que chegou a ser o candidato natural do PT até 2006, é visto como nome problemático por causa da acusação de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Recentemente, obteve uma vitória política, depois do pedido da Procuradoria da República para que seja rejeitada a denúncia relativa à máfia do lixo quando ele era prefeito em Ribeirão Preto (SP). Mas avalia-se que ele ficará marcado com a denúncia da quebra do sigilo, mesmo sem ser aberto processo no Supremo Tribunal Federal. (Câncer de Dilma repercute entre os políticos)
O ministro Haddad é visto com desconfiança pelos petistas por nunca ter sido testado eleitoralmente, apesar da simpatia pessoal de Lula. Já Patrus Ananias tem pouca visibilidade nacional, apesar de coordenar o maior programa social do governo, o Bolsa Família. O nome de Tarso Genro teria forte resistência no PT, a começar pelo ex-ministro José Dirceu. Outro petista da lista, o governador Jaques Wagner, apesar de próximo a Lula, tem feito uma administração muito voltada para a Bahia, de pouca repercussão nacional. Fora do PT, o deputado Ciro Gomes, tem temperamento explosivo, o que não ajuda a reduzir resistências de petistas em abrir mão da cabeça de chapa em favor de outra legenda.
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