O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta quinta-feira (28), que os países emergentes, como o Brasil, terão uma recuperarão mais rápida de suas economias e em 2010 já estarão crescendo a patamares iguais aos de antes da crise. “Estamos retornando a níveis de normalidade. Ao final do ano, algumas economias já trabalharão com um PIB positivo”, declarou o ministro, em audiência pública no Senado. O desempenho fiscal do Brasil foi um dos pontos destacados pelo ministro Mantega que, segundo projeções da Economist Intelligence Unit (EIU), é o segundo melhor entre os países do G-20. A queda da dívida bruta e o aumento da confiança brasileira medido pelo risco país também reforçam os sinais de que a economia está se recuperando. “A crise serviu para por o Brasil à prova e o importante é que nós já estamos em um processo de recuperação”, disse o ministro.O ministro ressaltou que no cenário internacional houve uma melhora geral, com sinais de recuperação, principalmente a partir da consolidação do Governo Obama. Mas ainda há problemas a serem “digeridos”, como a questão dos ativos tóxicos que enfraquecem os grandes bancos. Ele acredita que, em 2009, ao contrário dos emergentes, as principais economias avançadas terão recessão, com um PIB negativo em torno de -4%. Ele acha que a maioria dos analistas prevê que em 2010 os avançados terão um crescimento modesto, entre 1% e 1,5%. “Será um longo processo de recuperação”.
Em sua apresentação, o ministro apontou as medidas anticíclicas tomadas pelo Governo, que fizeram com que o país reunisse condições mais seguras e atraentes para o retorno do investimento estrangeiro. “Podemos ver o reflexo disso na retomada do fluxo de capital, no aumento da disponibilidade financeira, na recuperação do preço das commodities e no ingresso de investimentos na Bolsa de Valores.” O ministro destacou algumas condições que, combinadas, posicionaram o Brasil como um dos novos protagonistas no cenário internacional, com dinamismo e taxas de crescimento maiores: modernização da estrutura produtiva, contas públicas mais equilibradas, recursos naturais abundantes, menos dependência do mercado externo e grande produção de alimentos. “Temos ainda, como a China e a Índia, um grande mercado consumidor que ainda pode crescer muito. Por essas razões, acreditamos que o Brasil sairá mais rapidamente da crise e poderá ocupar posição privilegiada no mercado econômico internacional”, completou o ministro. Em Questão.
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