quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dilma ofusca Lula e vira estrela no aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos

Do UOL Notícias - Em São Paulo - Na cerimônia marcada mais por criticas à ditadura militar do que à defesa do emprego em tempos de crise, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, comemorou 50 anos na noite desta terça-feira (12). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comandou o sindicato entre 1975 e 1981, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, favorita para concorrer à sucessão presidencial pelo PT, participaram da festa. Na cerimônia marcada mais por criticas à ditadura militar do que à defesa do emprego em tempos de crise, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, comemorou 50 anos na noite desta terça-feira (12). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comandou o sindicato entre 1975 e 1981, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, favorita para concorrer à sucessão presidencial pelo PT, participaram da festa.

Dilma ganha flores e apoio de sindicalistas

Principal estrela da festa, Lula teve que dividir as atenções com Dilma, homenageada pelo sindicato. Após o início da cerimônia e da exibição de um vídeo com a história do sindicato, Dilma recebeu um buquê de flores. Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, prestou solidariedade à ministra, que faz tratamento para combater um câncer. "Essa categoria vai estar junto com você para dar continuidade a essa luta [do sindicato]", disse Nobre, empolgando os sindicalistas que cantaram: olê, olê, olá, Dilma, Dilma. Em seu discurso, Dilma listou os programas do governo federal e falou em dar continuidade a eles. "Nosso compromisso não é apenas fazer o país crescer, mas fazer o país crescer para quem? Para os trabalhadores desse país. Fazer o país crescer focado nos mais pobres desse país. Para os homens e as mulheres desse país conseguirem construir uma nação diferenciada", disse Dilma. Último a discursar, o presidente Lula citou ao final do discurso o período que Dilma foi presa e torturada pela ditadura. "Uma menina com 20 anos de idade, que acreditava na utopia de que os militares estavam fazendo mal para o país e queria chegar ao poder democraticamente, ou não muito democraticamente. E não foi apenas presa, ela foi torturada", afirmou Lula.

Lula critica dirigentes sindicais

O único discurso que destoou dos demais, foi de Paulo Vidal, ex-presidente do sindicato. Ao exaltar a figura de Lula como dirigente sindical que se tornou presidente do Brasil, Vidal disse: "Que me perdoe a companheira Dilma, mas eu acho que o companheiro Lula precisa ser repensado", fazendo alusão à possibilidade de o petista conseguir se eleger para mais um mandato.

Crítica sindical - Lula criticou a falta organização dos sindicatos dentro das fábricas, segundo, muitas vezes, culpa dos dirigentes sindicais. "Tem muito dirigente que não quer a peãozada se organize dentro da fábrica, porque peão organizado, vira politizado, peão organizado, ele começa a ter consciência e começa a querer ocupar o lugar do dirigente. Muitas vezes, o dirigente não tem interesse em formar a pessoa, de politizar as pessoas e organizar o pessoal dentro da fábrica", afirmou Lula.

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