Revista Veja: No sábado, dia 25 de abril, ao anunciar publicamente sua doença, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, falou durante três minutos sobre a descoberta do tumor maligno na axila esquerda e a cirurgia para extirpá-lo. Garantiu que enfrentaria "com força" o tratamento quimioterápico previsto para começar em dez dias: "Meu ritmo de trabalho não vai diminuir." A químio já havia começado. Na segunda-feira, dia 20, depois de ser medicada pela primeira vez com remédios quimioterápicos, a ministra ficou baqueada. Sentiu fortes enjôos e cansaço. O mal-estar permaneceu até o dia seguinte. Na quarta-feira, Dilma retomou e cumpriu à risca uma extensa agenda de viagens pelo Rio Grande do Sul. A ministra passou razoavelmente bem pela primeira químio, mas isso não é sinal de que reagirá da mesma forma nas próximas cinco sessões. Nenhum paciente passa incólume pelas reações adversas de um tratamento desse tipo. A maioria perde cabelo, é acometida por fadiga e crises de enjôo e sofre anemia. A intensidade e o momento em que tais sintomas podem ocorrer variam muito de paciente para paciente. Portanto, apesar do otimismo em relação ao modo como o organismo de Dilma reagiu aos efeitos da primeira sessão, é impossível prever como o corpo se comportará nos próximos quatro meses e meio, até que as aplicações quimioterápicas cheguem ao fim.
O câncer da ministra foi descoberto em 20 de março. Uma tomografia de check-up feita a pedido de seu médico pessoal, o cardiologista Roberto Kalil, diretor do centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, identificou a presença de um gânglio de tamanho anormal (2,5 centímetros) na axila esquerda de Dilma. Para determinar a causa do inchaço, a equipe médica optou por uma cirurgia de extirpação total do gânglio. No dia 28 de março, às sete horas da manhã, a ministra voltou ao hospital paulista. Para que ninguém a reconhecesse, ela foi deitada de lado na maca, usando touca e máscara cirúrgica. A operação foi realizada por uma equipe de dez profissionais, entre médicos, enfermeiros, instrumentadores e patologistas, e durou 40 minutos. Às onze da noite, ela recebeu alta: "Estou me sentindo muito bem. Posso voltar ao trabalho".
Tratamento - A quimioterapia aplicada em Dilma é composta por cinco medicamentos: rituximab, ciclofosfamida, doxorubicina, vincristina e prednisona. O primeiro, vendido sob nome comercial de MabThera, pertence à classe dos remédios inteligentes, programados para atingir apenas as células cancerosas, preservando as sadias de sua ação. Os outros quatro agem de maneira difusa e têm como alvo as células que se mutiplicam em ritmo acelerado - além das tumorais, as capilares e as da mucosa intestinal. Por cauda de sua ação indiscriminada, são eles os causadores das reações adversas que a ministra já começou a enfrentar. Salvo a queda de cabelo e a anemia, os outros efeitos devem durar, no máximo, um dia.
Diagnóstico - Apesar da ameaça inerente a qualquer tipo de câncer, Dilma teve sorte. Por evoluir sem dar sinais de sua existência, o tumor do qual ela é vítima só costuma ser identificado em estágios muito avançados, quando começou a se espalhar pelo organismo. Além disso, em 80% dos casos, os fatores de risco para o linfoma não-Hodgkin são desconhecidos. "Ou seja, na maioria das vezes, não há nenhum tipo de prevenção para esse tipo de câncer", diz o médico Sergio Simon, oncologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Nos 20% restantes dos pacientes, o câncer pode surgir em decorrência de doenças que debilitam o sistema imunológico, como aids ou imunodeficiências congênitas, do uso contínuo de remédios imunossupresores ou da exposição frequente a inseticidas e herbicidas. A única possibilidade de o linfoma não-Hodgkin ser descoberto em fase inicial, como foi o de Dilma, é por meio de exames de imagem preventivos. Mesmo no caso da tomografia feita pela ministra, o nódulo poderia não ter sido localizado. Dilma foi fazer um check-up de coronárias. O exame, portanto, só pegaria a região do coração. A identificação só foi possível graças à conduta criteriosa de Kalil. Ele sempre pede para ampliar o campo de análise nos exames de imagem da região do tórax de seus pacientes. Pelo tamanho, calcula-se que o linfoma de Dilma surgiu há menos de um ano. Apesar de agressivo, é o tipo de tumor que melhor responde à quimioterapia - pelo menos 90% dos pacientes são dados como curados em dois anos. Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).
Tratamento - A quimioterapia aplicada em Dilma é composta por cinco medicamentos: rituximab, ciclofosfamida, doxorubicina, vincristina e prednisona. O primeiro, vendido sob nome comercial de MabThera, pertence à classe dos remédios inteligentes, programados para atingir apenas as células cancerosas, preservando as sadias de sua ação. Os outros quatro agem de maneira difusa e têm como alvo as células que se mutiplicam em ritmo acelerado - além das tumorais, as capilares e as da mucosa intestinal. Por cauda de sua ação indiscriminada, são eles os causadores das reações adversas que a ministra já começou a enfrentar. Salvo a queda de cabelo e a anemia, os outros efeitos devem durar, no máximo, um dia.
Diagnóstico - Apesar da ameaça inerente a qualquer tipo de câncer, Dilma teve sorte. Por evoluir sem dar sinais de sua existência, o tumor do qual ela é vítima só costuma ser identificado em estágios muito avançados, quando começou a se espalhar pelo organismo. Além disso, em 80% dos casos, os fatores de risco para o linfoma não-Hodgkin são desconhecidos. "Ou seja, na maioria das vezes, não há nenhum tipo de prevenção para esse tipo de câncer", diz o médico Sergio Simon, oncologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Nos 20% restantes dos pacientes, o câncer pode surgir em decorrência de doenças que debilitam o sistema imunológico, como aids ou imunodeficiências congênitas, do uso contínuo de remédios imunossupresores ou da exposição frequente a inseticidas e herbicidas. A única possibilidade de o linfoma não-Hodgkin ser descoberto em fase inicial, como foi o de Dilma, é por meio de exames de imagem preventivos. Mesmo no caso da tomografia feita pela ministra, o nódulo poderia não ter sido localizado. Dilma foi fazer um check-up de coronárias. O exame, portanto, só pegaria a região do coração. A identificação só foi possível graças à conduta criteriosa de Kalil. Ele sempre pede para ampliar o campo de análise nos exames de imagem da região do tórax de seus pacientes. Pelo tamanho, calcula-se que o linfoma de Dilma surgiu há menos de um ano. Apesar de agressivo, é o tipo de tumor que melhor responde à quimioterapia - pelo menos 90% dos pacientes são dados como curados em dois anos. Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes).
Um comentário:
absurdo isso>>..
a Veja torce contra insiste em fazer da doença da ministra uma tragedia,
só fico feliz por uma coisa,tem muita mais gente resando por ela,do que os que torcem contra ela,esse PIG é mesmo uma vergonha.
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