RIO - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez uma defesa veemente da produção de equipamentos no Brasil pelas empresas interessadas em participar das encomendas feitas pela indústria de petróleo no país. Dilma participou de entrevista sobre o início da produção no campo de Tupi, que começará amanhã na Bacia de Santos, e ressaltou que o Brasil é a grande fronteira para empresas interessadas em fornecer equipamentos para operação em águas profundas."Queremos exportar valor agregado e não importar valor agregado. Nesse sentido a política é deliberada", disse Dilma. "Essa é a definição do controlador da empresa. Se querem fornecer para o Brasil, que venham produzir no Brasil", acrescentou.O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, fez coro ao discurso da ministra e lembrou que o Brasil tem um quarto da produção mundial de petróleo em águas profundas, além de ser o único país com grandes expectativas de crescimento nesta produção para os próximos anos. O executivo lembrou da viagem, na semana passada, dos diretores Renato Duque, de Serviços, e Almir Barbassa, de Finanças, para países como Coreia do Sul e Cingapura para conversar com representantes de empresas e mostrar o portfólio de investimentos da Petrobras e as oportunidades abertas para companhias que se instalarem como fornecedoras no país.Gabrielli frisou que a viagem dos dois diretores foi bem sucedida, com contatos com diversas empresas e se mostrou otimista em relação à possibilidade de que várias das companhias visitadas venham a se instalar no Brasil."As empresas virão porque não têm alternativas. Se quiserem vir, terão contratos, se não quiserem, não terão", frisou Gabrielli, lembrando que os investimentos da Petrobras garantem forte demanda para fornecedores até 2020. "Não discutimos um projeto, mas um programa de longo prazo que se apresenta até 2020, mas que terá efeitos até 2050", acrescentou.Duque afirmou que as conversas não levaram a compromissos firmes com as empresas visitadas por ele e por Barbassa nas últimas semanas. Segundo o diretor de Serviços da Petrobras, entre as empresas que receberam os executivos brasileiros estão os estaleiros coreanos STX, Hyundai e DSME, este último subsidiária do grupo Daewoo.(Rafael Rosas Valor Online)
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