domingo, 10 de maio de 2009

MAMÃE SECULO 21

Ser mãe é um grande sonho da minha vida. Morro de medo do parto, mas a vontade de ter meus filhotinhos é maior que o meu medo. Sonho acordada com o dia que receberei a notícia de algum médico: “Você está grávida”. Fico pensando naqueles pezinhos fofos, na amamentação, no sorriso gostoso do bebê, na mãozinha... Suspiro. Abro um sorriso e me desmancho por completo. Acredito que muitas mulheres também têm o mesmo sonho, mas confesso que penso que atualmente ser mãe é um verdadeiro desafio. Não quero dizer que no passado tenha sido fácil ser mãe, mas é que hoje a mulher pode e quer ser uma ótima mãe, amante, esposa, filha e, especialmente, também uma excelente profissional. Os vários desejos da mulher moderna a sobrecarregam e geram uma série de medos e preocupações quanto ao bom exercício de sua maternidade.
É comum que muitas mães se sintam culpadas por terem pouco tempo perto de seus filhos em razão das demandas de seu trabalho e vida doméstica. Geralmente, acabam compensando os filhos com presentes pela sua ausência em casa ou deixam de impor limites a eles para não estragar os poucos momentos que estão juntos. Sabemos que essas atitudes em excesso não são boas para a formação e o desenvolvimento dos filhos e, por isso, pergunto: Quanto tempo é necessário ficar por dia com o meu filho para que eu me considere uma “boa” mãe sem me sentir culpada por estar trabalhando e longe dele? Não sou mãe ainda, mas atendo em meu consultório algumas mães e sinto junto com elas o seu sofrimento. Vejo que todas tentam conciliar da melhor forma possível a administração da casa, tarefas do trabalho, educação dos filhos e a relação com o marido. Freqüentemente, estas deixam de pensar em si mesmas e cada vez mais se tornam sobrecarregadas, estressadas e sofrem por não se sentirem suficientemente competentes e satisfeitas em nenhuma área da vida.
Neste contexto, acredito que a mulher precisa rever o papel da maternidade neste século. Deve tentar deixar mais de lado a culpa por não estar junto com seus filhos em tempo integral e tentar reconhecer as vantagens de conciliar o trabalho e a maternidade nos dias de hoje. Acredito que o trabalho também pode ser um fator positivo tanto na vida da mãe quanto no relacionamento e formação de seus filhos. E quais são as vantagens para a mãe de ter pouco tempo junto com os seus filhos?
Vejamos:
(1) A grande vantagem é que a mãe aproveitará ao máximo o tempo que poderá ter junto com seus filhos. Eles, por sua vez, também dedicarão mais atenção à mãe. Portanto, tanto mãe quanto filho não desperdiçarão nenhum segundo do momento em conjunto. Para ambos, a qualidade do tempo será mais importante do que a quantidade de tempo.
(2) Outra vantagem é que o filho diante da falta da mãe terá que aprender a resolver alguns problemas sozinhos e, se isso for bem dirigido pela mãe, pode ser um fator que a ajudará na formação de um filho mais independente e seguro para tomar decisões sobre suas vidas. Quem não quer ter um filho seguro e auto-suficiente?
Dentro deste contexto, é preciso também rever a organização da rotina da vida doméstica. Tudo que facilitar a vida de uma mamãe que trabalha deve ser feito, pois rotina organizada significa mais tempo para curtir com os filhotinhos. Em resumo, as novas mamães necessitam rever o papel de sua maternidade e da rotina doméstica para conseguirem ser mães menos estressadas, culpadas e, conseqüentemente, mães mais felizes e satisfeitas. Esse é o segredo! Feliz Dia das Super Mães!
(*) Viviane Sampaio é Psicóloga, com Clínica Especializada para adolescentes, adultos, casais e famílias. E para estrangeiros (Psicoterapia em inglês).Consultório:Vila Mariana.Tels:(11)5571-2102ou(11)9808 3718.Email:psicologavivianesampaio@yahoo.com.br

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