segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dilma: Lula fará seu sucessor

Petista se emocionou ao agradecer a solidariedade que vem recebendo
Caruaru (PE). A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), afirmou que concorda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando ele declara que fará seu sucessor na eleição de 2010. "O presidente tem grande capacidade de análise. Acredito que o candidato do governo, seja ele quem for, tem grande chance de ganhar", disse Dilma, pré-candidata do presidente Lula para a eleição de 2010.A ministra participou na noite de sábado da abertura do São João em Caruaru, a 136 km de Recife, uma das festas mais populares do Nordeste. Apesar da declaração, ela repetiu que "nem amarrada" fala na condição de pré-candidata. E disse que a reunião que teve ontem com o governador Eduardo Campos (PSB) tratou de "assuntos políticos e administrativos". Campos é seu principal cabo eleitoral em Pernambuco.A petista não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou uma queda de oito pontos percentuais na distância entre ela e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na intenção de voto para presidente. "Pesquisa é algo volátil, tem dia que sobe, tem dia que desce. Tudo isso é muita espuma. Vamos tratar do forró, que a gente lucra mais", disse a ministra ao chegar em Caruaru.Dilma negou que já esteja em campanha e disse que apenas participava de uma festa. "É muito importante conhecer (a festa de São João). Sou de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, e acho que esta é uma oportunidade rara", disse.Emoções. Aparentando muita disposição física, sem economizar abraços nem sorrisos - mas também sem esconder a fragilidade emocional pelas dificuldades provocadas pelo câncer linfático, contra o qual está em tratamento - a ministra enfrentou uma verdadeira maratona em Pernambuco. Mas, ao contrário do que fez na visita durante o Carnaval, não se misturou à multidão. Dilma Rousseff disse que tem evitado o trabalho excessivo, mas tentando manter o seu ritmo normal. "É óbvio que em alguns momentos eu me sinto mais debilitada. Em outros, não sinto nada. Quimioterapia não é algo fácil, é bastante desagradável. Agora, não é nada insuportável", disse. Foi ao falar novamente da solidariedade que tem recebido, por meio de manifestação de desconhecidos, que a ministra encheu os olhos de lágrimas e não conseguiu disfarçar a emoção."Uma coisa muito importante nesse país é o sentimento de solidariedade. E o fato de que a gente pode ter certeza de que o povo é muito compreensivo e muito mais paciente do que a gente imagina", afirmou. "Se falar muito, me comovo."

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