Há 45 anos, na madrugada do dia 31 de março de 1964, foi deflagrado um golpe militar no Brasil e instaurada uma ditadura que nos infelicitou por longos 20 anos. Na época ganhava força um conjunto de propostas que visava promover mudanças sociais, políticas e econômicas no país. O objetivo era superar o subdesenvolvimento e atuar na redução das desigualdades sociais. Com a posse de João Goulart ganharam intensidade as reivindicações denominadas “reformas de base”. Tratava-se das reformas bancária, fiscal, urbana, administrativa, agrária e educacional. No plano político, o direito de voto foi estendido aos analfabetos. Pregava-se uma intervenção mais ampla do Estado na vida econômica e maior controle dos investimentos estrangeiros no país, via regulamentação das remessas de lucros para o exterior. Era tempo de grandes mobilizações. Os trabalhadores organizados em sindicatos fundaram o comando Geral dos Trabalhadores, entidade nacional com representação nas unidades da federação. Havia poucas indústrias e os trabalhadores urbanos eram minoria. A reforma agrária era a reivindicação mais importante e polêmica tendo em vista os conflitos históricos decorrentes da luta dos trabalhadores rurais pela posse da terra.
O período ditatorial revelou seus objetivos. Estudantes, professores, profissionais liberais, militantes políticos e sindicais, todos os que se manifestaram contrários ao autoritarismo, foram perseguidos, torturados, exilados, mortos. Djalma Maranhão liderava a gestão que marcou a história de Natal, nos campos da educação e da cultura. Sua equipe e as forças progressistas - referência aos que atuavam em defesa da democracia - foram exiladas, perseguidas, presas, torturadas, perderam a própria vida. Estudantes foram impedidos de prosseguir nos estudos ou no exercício de suas profissões. Famílias foram devastadas, crianças perderam o convívio familiar, muitos desapareceram. Tempos sombrios: o inimigo não estava apenas no DOI-CODI. Invisível, ele se esgueirava por toda a parte, espionando e implantando o terror nas salas de aula, reuniões, teatros, nas conversas de esquina. Hoje, o Brasil volta os olhos para 45 anos atrás. E encontra os que deram o golpe de Estado, e os heróis anônimos que lutaram em defesa da democracia. Ao longo dos anos de conquistas democráticas, firmou-se a certeza de que a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs não mais serão atingidos pela truculência de golpes de Estado e violência institucional.
Os 45 anos que nos distanciam do tempo de opressão torna necessária uma breve avaliação das mudanças ocorridas até nossos dias. Com a redemocratização, o país passou por alterações nos planos econômico, social e político. Temos um país economicamente organizado e uma indústria forte. No plano político, somos uma democracia sólida, uma sociedade estável. Mas as transformações mais importantes vêm se processando no campo da inclusão social. A educação tornou-se um direito e passou a ser prioridade no país, articulando-se ao desenvolvimento nacional. A universidade pública vem sendo revitalizada e interiorizada. Os Cefets se espalham pelo território nacional, promovendo oportunidades para os jovens. A política de inclusão social trouxe para as universidades e Cefets extratos populacionais até então impossibilitados de cruzar os umbrais das escolas. As desigualdades e exclusões sociais, marcas do país onde preponderavam os privilégios de classe, vêm sendo substituídas pela igualdade de oportunidades e justiça social. O Piso Salarial nacional veio valorizar e reconhecer a importância dos professores do magistério, na luta para melhorar a qualidade do ensino ofertado. No Brasil as feridas abertas pela ditadura permanecerão até que se faça justiça aos heróis que lutaram contra o arbítrio e empenharam suas vidas para que pudéssemos usufruir a liberdade. As novas gerações têm direito à verdade inscrita na memória histórica dos que viveram os tempos sombrios da ditadura. Que todos saibam que houve lutadores para que tivéssemos um país livre e democrático.
O período ditatorial revelou seus objetivos. Estudantes, professores, profissionais liberais, militantes políticos e sindicais, todos os que se manifestaram contrários ao autoritarismo, foram perseguidos, torturados, exilados, mortos. Djalma Maranhão liderava a gestão que marcou a história de Natal, nos campos da educação e da cultura. Sua equipe e as forças progressistas - referência aos que atuavam em defesa da democracia - foram exiladas, perseguidas, presas, torturadas, perderam a própria vida. Estudantes foram impedidos de prosseguir nos estudos ou no exercício de suas profissões. Famílias foram devastadas, crianças perderam o convívio familiar, muitos desapareceram. Tempos sombrios: o inimigo não estava apenas no DOI-CODI. Invisível, ele se esgueirava por toda a parte, espionando e implantando o terror nas salas de aula, reuniões, teatros, nas conversas de esquina. Hoje, o Brasil volta os olhos para 45 anos atrás. E encontra os que deram o golpe de Estado, e os heróis anônimos que lutaram em defesa da democracia. Ao longo dos anos de conquistas democráticas, firmou-se a certeza de que a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs não mais serão atingidos pela truculência de golpes de Estado e violência institucional.
Os 45 anos que nos distanciam do tempo de opressão torna necessária uma breve avaliação das mudanças ocorridas até nossos dias. Com a redemocratização, o país passou por alterações nos planos econômico, social e político. Temos um país economicamente organizado e uma indústria forte. No plano político, somos uma democracia sólida, uma sociedade estável. Mas as transformações mais importantes vêm se processando no campo da inclusão social. A educação tornou-se um direito e passou a ser prioridade no país, articulando-se ao desenvolvimento nacional. A universidade pública vem sendo revitalizada e interiorizada. Os Cefets se espalham pelo território nacional, promovendo oportunidades para os jovens. A política de inclusão social trouxe para as universidades e Cefets extratos populacionais até então impossibilitados de cruzar os umbrais das escolas. As desigualdades e exclusões sociais, marcas do país onde preponderavam os privilégios de classe, vêm sendo substituídas pela igualdade de oportunidades e justiça social. O Piso Salarial nacional veio valorizar e reconhecer a importância dos professores do magistério, na luta para melhorar a qualidade do ensino ofertado. No Brasil as feridas abertas pela ditadura permanecerão até que se faça justiça aos heróis que lutaram contra o arbítrio e empenharam suas vidas para que pudéssemos usufruir a liberdade. As novas gerações têm direito à verdade inscrita na memória histórica dos que viveram os tempos sombrios da ditadura. Que todos saibam que houve lutadores para que tivéssemos um país livre e democrático.
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