Copião de 10 minutos é exibido na Câmara
Um copião de cerca de 10 minutos do filme Lula, o filho do Brasil está mexendo com a emoção dos políticos, a ponto de levar muitos deles ao choro durante a exibição feita em cópia DVD nos gabinetes das lideranças de partidos aliados, no Congresso. As cenas que mais chocam, de acordo com parlamentares que viram a fita, são as do menino-adolescente defendendo a mãe, Lindu, das surras que o marido tentava lhe dar, e a retirada da família do Nordeste para o sul, num pau de arara. O filme tem estreia prevista para o ano que vem, quando o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará empenhado em fazer o sucessor - ele já escolheu a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os dois deverão passar parte do início de 2010 em inaugurações das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até que a legislação eleitoral proíba Dilma, já candidata, de aparecer nas cerimônias. A produção de Lula, o filho do Brasil, a cargo de Luiz Carlos Barreto e da filha Paula, foi orçada em R$ 16 milhões, a maior de todo o cinema brasileiro. A direção é de Fábio Barreto, filho de Barretão. Mas, ao contrário do que ocorre com a quase totalidade dos filmes nacionais, não deverá entrar dinheiro público na produção. Os produtores conseguiram captar verba em grandes empresas como AmBev, Camargo Corrêa, Embraer, Suez, Nestlé, OAS, Odebrecht, Oi e Volkswagen.O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, comprometeu-se com a cota de R$ 1 milhão, mas como pessoa física. Esse feito de não buscar dinheiro público nem da Lei Rouanet, que concede incentivos fiscais a quem ajuda as artes e a cultura, até agora era apenas dos filmes Casseta & Planeta, seus problemas acabaram, e Acredite, um espírito baixou em mim. Coube ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) levar o copião do filme sobre a vida do presidente Lula ao Congresso. "Realmente a parte que me foi entregue por um produtor é emocionante e fez com todos os que estavam na sala - entre eles, eu - chegassem às lágrimas", disse Cunha, que fez uma sessão privê no gabinete da liderança do PMDB. Outro que chorou muito, de acordo com testemunhas, foi o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Cunha disse que já devolveu o copião para os produtores. Eduardo Cunha é o padrinho da nomeação de Jorge Luiz Zelada para a diretoria internacional da Petrobrás, vaga destinada ao PMDB na estatal. Para conseguir o intento, fez dura pressão sobre o governo. O copião divulgado pelo peemedebista mostra ainda outras cenas tidas como emocionantes, como o momento em que a primeira mulher de Lula, vivida pela atriz Cléo Pires, morre num hospital, na hora do parto, ou uma segunda morte, agora da mãe Lindu (interpretada por Glória Pires), justamente quando o então sindicalista Lula estava preso no Dops, em 1980, acusado de liderar greves de metalúrgicos durante a ditadura militar.Logo no início, o filme sobrepõe imagens de Lula bebê, criança, adolescente, adulto e no momento em que é fotografado na prisão, com o número 12.712. A história emociona porque narra a vida de uma pessoa do povo, com seus problemas, sua vida miserável, seus amores possíveis e impossíveis, seus dramas, como a perda de pessoas queridas e a batalha para não sucumbir a tudo isso, explicou um dos parlamentares que viram o trecho da fita mostrado na Câmara. De certa forma, remete a Dois filhos de Francisco, drama que conta a vida da dupla sertaneja goiana Zezé di Camargo e Luciano e que levou 5,3 milhões de pessoas aos cinemas. A esperança dos produtores de Lula, o filho do Brasil é conseguir público maior do que o alcançado pela fita dos artistas sertanejos.No filme de Lula destacam-se ainda o instante em que ele perde o dedo mindinho da mão esquerda, num torno, o namoro com dona Marisa (vivida pela atriz Juliana Baroni), os grandes comícios realizados no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo, e as campanhas para presidente desde 1989. O ator novato Rui Ricardo Diaz faz o papel de Lula adulto.
Um copião de cerca de 10 minutos do filme Lula, o filho do Brasil está mexendo com a emoção dos políticos, a ponto de levar muitos deles ao choro durante a exibição feita em cópia DVD nos gabinetes das lideranças de partidos aliados, no Congresso. As cenas que mais chocam, de acordo com parlamentares que viram a fita, são as do menino-adolescente defendendo a mãe, Lindu, das surras que o marido tentava lhe dar, e a retirada da família do Nordeste para o sul, num pau de arara. O filme tem estreia prevista para o ano que vem, quando o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará empenhado em fazer o sucessor - ele já escolheu a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os dois deverão passar parte do início de 2010 em inaugurações das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até que a legislação eleitoral proíba Dilma, já candidata, de aparecer nas cerimônias. A produção de Lula, o filho do Brasil, a cargo de Luiz Carlos Barreto e da filha Paula, foi orçada em R$ 16 milhões, a maior de todo o cinema brasileiro. A direção é de Fábio Barreto, filho de Barretão. Mas, ao contrário do que ocorre com a quase totalidade dos filmes nacionais, não deverá entrar dinheiro público na produção. Os produtores conseguiram captar verba em grandes empresas como AmBev, Camargo Corrêa, Embraer, Suez, Nestlé, OAS, Odebrecht, Oi e Volkswagen.O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, comprometeu-se com a cota de R$ 1 milhão, mas como pessoa física. Esse feito de não buscar dinheiro público nem da Lei Rouanet, que concede incentivos fiscais a quem ajuda as artes e a cultura, até agora era apenas dos filmes Casseta & Planeta, seus problemas acabaram, e Acredite, um espírito baixou em mim. Coube ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) levar o copião do filme sobre a vida do presidente Lula ao Congresso. "Realmente a parte que me foi entregue por um produtor é emocionante e fez com todos os que estavam na sala - entre eles, eu - chegassem às lágrimas", disse Cunha, que fez uma sessão privê no gabinete da liderança do PMDB. Outro que chorou muito, de acordo com testemunhas, foi o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Cunha disse que já devolveu o copião para os produtores. Eduardo Cunha é o padrinho da nomeação de Jorge Luiz Zelada para a diretoria internacional da Petrobrás, vaga destinada ao PMDB na estatal. Para conseguir o intento, fez dura pressão sobre o governo. O copião divulgado pelo peemedebista mostra ainda outras cenas tidas como emocionantes, como o momento em que a primeira mulher de Lula, vivida pela atriz Cléo Pires, morre num hospital, na hora do parto, ou uma segunda morte, agora da mãe Lindu (interpretada por Glória Pires), justamente quando o então sindicalista Lula estava preso no Dops, em 1980, acusado de liderar greves de metalúrgicos durante a ditadura militar.Logo no início, o filme sobrepõe imagens de Lula bebê, criança, adolescente, adulto e no momento em que é fotografado na prisão, com o número 12.712. A história emociona porque narra a vida de uma pessoa do povo, com seus problemas, sua vida miserável, seus amores possíveis e impossíveis, seus dramas, como a perda de pessoas queridas e a batalha para não sucumbir a tudo isso, explicou um dos parlamentares que viram o trecho da fita mostrado na Câmara. De certa forma, remete a Dois filhos de Francisco, drama que conta a vida da dupla sertaneja goiana Zezé di Camargo e Luciano e que levou 5,3 milhões de pessoas aos cinemas. A esperança dos produtores de Lula, o filho do Brasil é conseguir público maior do que o alcançado pela fita dos artistas sertanejos.No filme de Lula destacam-se ainda o instante em que ele perde o dedo mindinho da mão esquerda, num torno, o namoro com dona Marisa (vivida pela atriz Juliana Baroni), os grandes comícios realizados no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo, e as campanhas para presidente desde 1989. O ator novato Rui Ricardo Diaz faz o papel de Lula adulto.
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