Veja: Nos Estados Unidos, as campanhas presidenciais são historicamente plebiscitárias - ou seja, os eleitores acabam sendo levados durante os infindáveis quase dois anos de debates a decidir se aprovam o governo que sai ou se o rejeitam. Quando aprovam, ganha o presidente que busca um segundo mandato ou o candidato indicado por ele. Quando reprovam e querem mudança de rumo, os eleitores escolhem o oposicionista. Nesses casos, o carisma, a oratória, as promessas, a história de vida dos candidatos contam menos que um SIM ou um NÃO ao governo, como se estivessem votando uma questão qualquer em um plebiscito. Com índices de aprovação de Lula e seu governo beirando os 70%, tentar fazer das próximas eleições presidenciais um plebiscito sobre a administração que sai é uma boa aposta para o PT. Essa será a estratégia a ser seguida.
O presidente Lula está negociando pessoalmente com os partidos da base aliada a retirada de candidaturas que possam atrapalhar seu projeto de "eleição plebiscitária" - leia-se o deputado Ciro Gomes (PSB) e o senador Cristovam Buarque (PDT). "Lula não quer que a eleição tenha candidatos que defendem o governo no geral, mas que pregam mudanças na economia, como o Ciro, ou na Educação, como o Cristovam. Isso dificulta a tática do plebiscito", afirma um ministro próximo ao presidente.
Alguns analistas enxergam no modelo de comparação entre gestões um sinal de fortalecimento institucional que dificulta o surgimento de aventureiros. "Se o PT e PSDB continuarem dominando a política brasileira, a tendência é a consolidação desse modelo plebiscitário", diz Octaciano Nogueira, cientista político da Universidade de Brasília. Na teoria o modelo parece azeitado. Mas é sempre bom lembrar que o eleitor brasileiro adora experimentar a sensação vertiginosa de contrariar as teorias nas urnas.
Alguns analistas enxergam no modelo de comparação entre gestões um sinal de fortalecimento institucional que dificulta o surgimento de aventureiros. "Se o PT e PSDB continuarem dominando a política brasileira, a tendência é a consolidação desse modelo plebiscitário", diz Octaciano Nogueira, cientista político da Universidade de Brasília. Na teoria o modelo parece azeitado. Mas é sempre bom lembrar que o eleitor brasileiro adora experimentar a sensação vertiginosa de contrariar as teorias nas urnas.
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