Apesar de sinais de recuperação, no entanto, organização diz que PIB sofrerá retração de 0,8% em 2009. De Paris para a BBC Brasil - A economia brasileira irá acelerar o ritmo da retomada de seu crescimento no segundo semestre do ano, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu relatório sobre as perspectivas para a economia mundial nos próximos dois anos. "A economia irá, sem dúvida, se acelerar", diz o documento, "graças ao crescimento da demanda interna, motivado pela melhoria das condições de crédito e pela redução das taxas de juros". Apesar de afirmar que o cenário econômico brasileiro irá melhorar no segundo semestre, a organização prevê que o PIB brasileiro deverá sofrer retração de 0,8% em 2009. Segundo o relatório, o crescimento no Brasil só será retomado em 2010, quando o PIB deverá registrar aumento de 4%.
Sinais
A OCDE afirma que os sinais de retomada da economia brasileira já começaram a ser observados neste segundo trimestre do ano. "A produção industrial está crescendo, em parte devido à eliminação dos estoques, sobretudo nos setores que beneficiariam de iniciativas públicas, como o automotivo", afirma a OCDE, que ressalta, no entanto, que a produção de bens e equipamentos no Brasil "continua inferior ao normal". A organização também afirma que os baixos investimentos privados poderão ser compensados, em parte, pela rápida realização de programas de desenvolvimento de infra-estruturas públicas lançados pelo governo. "O cenário econômico mundial permanece incerto e particularmente desconfortável para o Brasil e outras economias emergentes. Se a situação for mais fraca do que o previsto, isso irá pesar sobre as exportações, diz a OCDE.
Exportações
A organização prevê que as exportações brasileiras irão atingir US$ 153,2 bilhões neste ano e US$ 162,6 em 2010. No ano passado, as vendas externas do Brasil totalizaram US$ 197,9 bilhões. Em seu relatório sobre as previsões econômicas para os 30 países que integram a organização e para as principais economias emergentes mundiais, como o Brasil, a OCDE pergunta se "o fim do túnel" teria chegado. "A fase de contração da atividade deve em breve chegar ao fim nos países da OCDE, após um recuo sem precedentes desde a Segunda Guerra. A retomada será, sem dúvida, fraca e frágil durante um certo tempo", afirma o documento, que acrescenta que "as consequências econômicas e sociais da crise serão duráveis". O PIB mundial deve encolher 2,2% neste ano e registrar um crescimento de 2,3% em 2010, segundo o documento. O comércio mundial deve sofrer queda de 16% em 2009 e crescimento de 2,1% no próximo ano, prevê a organização. Pela primeira vez desde junho de 2007, as previsões do relatório Perspectivas Econômicas foram revistas para cima para o conjunto de países da OCDE em relação à edição anterior, divulgada em novembro de 2008. "Sinais cada vez mais numerosos permitem vislumbrar uma retomada da atividade nos Estados Unidos no segundo semestre graças a um esforço extraordinário das autoridades", diz a OCDE. A organização prevê que o PIB americano deverá sofrer contração de 2,8% neste ano. Em 2010, o crescimento previsto é de 0,9%. Segundo a OCDE, a economia da zona euro deve ser reduzida em 4,4% em 2009 e a variação do PIB no próximo ano deverá ser de zero. BBC Brasil.
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