sábado, 20 de junho de 2009

Pimentel cresce e assume papel estratégico no PT

O Povo: Seja Candidato a senador, a deputado federal ou integrante da linha de frente da coordenação da campanha petista à Presidência da República, o ministro da Previdência, José Pimentel, terá papel de destaque nas articulações petistas no Ceará. Embora se recuse a falar sobre o processo sucessório de 2010, o ministro da Previdência, José Pimentel, já é uma das apostas do Partido dos Trabalhadores no Ceará. “Só falo de questões previdenciárias”, disse, na última quarta-feira, quando esteve ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), durante o balanço do Pacto de Aceleração do Crescimento(PAC), no Ceará. Estar ao lado da pré-candidata à Presidência da República denota não apenas um ministro de Governo que cumpre agenda institucional, mas a força de um político que integra o núcleo de elite do presidente Lula (PT). Não apenas por isso, é cotado para a vaga de senador, cobiçada pelo PT na grande aliança que envolve a reeleição do governador Cid Gomes (PSB).
A assessoria do ministro informa que o que existe de concreto até o momento é a candidatura à reeleição de deputado federal - atualmente ele está licenciado para comandar a Pasta da Previdência. Segundo fontes petistas, em janeiro deste ano, Pimentel já foi sondado, mas disse que “ainda não sabia” e aconselhou a “aguardar o desenrolar da situação”. Quanto à decisão sobre a vaga do Senado, deve sair em julho, mas oficializada mesmo só em dezembro, após o Processo de Eleição Direta (PED) do PT - que acontece em novembro. “Na verdade, quem vai determinar o caminho dele é o presidente (Lula)”, explicou um interlocutor. “Estou indo na comitiva do presidente à Genebra (Suíça) e vou abordar o assunto”, teria dito Pimentel a uma fonte próxima, em referência à viagem que fez com Lula, para participar de sessão da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), na semana passada.

Alternativas - Entre as possibilidades de indicação do presidente, está a de Pimentel ser um dos coordenadores da campanha de Dilma. Nesta hipótese, ele seria o principal articulador petista quando se trata de interação local com o nacional. Já o lançamento da candidatura petista ao Senado não é apenas desejo, mas orientação nacional para garantir uma base forte para o próximo mandato. Pimentel já “provou fidelidade” a Lula - o que o fez ganhar pontos. No auge da crise petista, assumiu a tarefa de substituir o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, como também suportou fortes pressões ao assumir a relatoria da Reforma da Previdência, em 2003.
Apesar de assumir postura reservada, o ministro também não titubeou em criticar - ao lado do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu - o senador Tasso Jereissati (PSDB) por ser o “principal articulador” da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Chegou até a mandar o “recado” de que vai lutar para que o PT tenha candidato ao Senado e defendeu ser preciso “dar o troco” ao tucano. Quando o presidente do PT Estadual, Ilário Marques, lançou a ideia de o PT sair com candidato ao Senado, ainda no segundo semestre do ano passado, houve petistas olhando torto. Porém, o assunto ganhou corpo e hoje o nome de Pimentel é defendido quase que de forma unânime no partido. Ilário, que também se colocou “à disposição” para ser candidato a Senador, afirmou que apoia o ministro na decisão que ele tomar. Até a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) - peça-chave na costura da aliança com o governador - defendeu abertamente que “se Pimentel topar, ele é o nome”. Apesar disso, muitos petistas ainda preferem tratar do assunto de forma velada, no temor de prejudicar as articulações com o Palácio Iracema. (Giselle Dutra)

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