O Globo - RIO - O grande fluxo de recursos estrangeiros para o mercado de ações brasileiro e para os títulos públicos - aqueles que seguem a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 10,25% ao ano - tem ajudado a derrubar a cotação do dólar, que, nesta terça-feira, fechou a R$ 1,924, em queda de 1,48%, no oitavo dia seguido de desvalorização e com a menor cotação desde 30 de setembro. Como mostra reportagem de Felipe Frisch, publicada nesta quarta-feira pelo GLOBO, somente no mês de maio, o saldo de investimentos externos (total de compras menos o volume de vendas) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) atingiu R$ 6,803 bilhões, o que representa recorde para um mês. Em 2009, o saldo está positivo em R$ 11,2 bilhões. Se o ano terminasse em maio, também seria o maior saldo anual de estrangeiros da história da Bolsa. O resultado de maio supera o recorde de abril de 2008, quando a Bolsa recebeu R$ 6,007 bilhões líquidos, com a ajuda da concessão de grau de investimento (investment grade) ao Brasil pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's (S&P, no fim de abril de 2008) e Fitch Ratings (no fim de maio). A classificação é pré-requisito para o investimento no país por parte de vários fundos estrangeiros, porque indica que é um local seguro para aplicar.
No entanto, ainda é cedo para assegurar que os recursos que estão vindo para o país são os que não vieram no ano passado - por causa do agravamento da crise. Segundo analistas, agora as principais fontes de investimento são os hedge funds (equivalentes aos multimercados no país) e os fundos com foco em países emergentes em geral, além dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ou da América Latina. Para Gustavo Alcântara, gestor da SLW Asset, há um movimento global de investimento em nações em desenvolvimento, que leva à queda do dólar: - O que os investidores estão interessados é se dá para ganhar dinheiro. O dinheiro pode sair rápido, mas vai precisar de um motivo.
No entanto, ainda é cedo para assegurar que os recursos que estão vindo para o país são os que não vieram no ano passado - por causa do agravamento da crise. Segundo analistas, agora as principais fontes de investimento são os hedge funds (equivalentes aos multimercados no país) e os fundos com foco em países emergentes em geral, além dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ou da América Latina. Para Gustavo Alcântara, gestor da SLW Asset, há um movimento global de investimento em nações em desenvolvimento, que leva à queda do dólar: - O que os investidores estão interessados é se dá para ganhar dinheiro. O dinheiro pode sair rápido, mas vai precisar de um motivo.
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