Marilza de Melo Foucher nasci na beira do rio acre no município de Boca do Acre, no dia 22 de agosto de 1949. Sou casada com um francês, tenho duas filhas. Eu tive uma vida estudantil entre Acre, Amazonas, Ceara e França. Vim para Europa (Paris) por razoes políticas e pessoais. Sou formada em administração publica, tenho especialização em desenvolvimento comunitário e desenvolvimento regional e organização espacial. Tenho um doutorado em geografia com tese não terminada (e nunca vou terminar) obtive o que chamávamos aqui um diploma de terceiro ciclo em Geografia na área de organização territorial e desenvolvimento e tenho um doutorado em economia com estudos voltados para América latina-na universidade Sorbonne-Paris 3. Sou consultora internacional presto assessoria na área do desenvolvimento territorial integrado, sustentável e solidário.E-mail: marilza.demelo-foucher@wanadoo.fr
1) Que comparação você faz da vida política do povo francês com o povo brasileiro em época de eleições? O povo francês é conhecido pela sua tradição de lutas sociais, gosta de polemicar por qualquer coisa e tudo vira debate político. Não só se manifesta nas urnas, é um povo que gosta de exprimir suas revoltas, seus descontentamentos nas ruas! Faz uso de sua cidadania política e defende com garras as conquistas sociais. Age de modo mais racional que passional. A capital francesa, a famosa Paris sempre surpreende os turistas com suas passeatas de protestos quase todos os dias! O povo francês é um árduo defensor do serviço publico de qualidade, existe setores que são intocáveis, a educação, a cultura e a saúde publica. Ele aceita pagar impostos sem problema, desde que, sua contribuição seja aplicada para preservar os serviços públicos. É um árduo defensor da liberdade de expressão! Defende a presença do Estado como regulador da vida em sociedade e da economia nacional.
Sem contar que ele é considerado o povo mais “chauvin” do mundo! A cultura francesa é um patrimônio quase intocável! Muitos turistas reclamam que os franceses não gostam de falar outra língua que a deles, e dizem que se você fala em inglês ele responde em francês! Reclamam também quando eles vão consultar a internet nos hotéis, é um horror! O teclado é todo em francês e a disposição das letras é diferente! Não têm nada em inglês!
Tento explicar um pouco a chamada especificidade francesa, aliás isto continua sendo motivo de divisões dentro da união da comunidade européia! Muitas vezes provoca a ira dentro da comissão européia, muitos dizem que a França não pode preservar sua especificidade, seu modo de ser dentro de um aglomerado do espaço comum europeu. Essa disputa dentro do espaço europeu e o modo de governança mundial que a comissão tenta impor, leva os franceses a boicotar as eleições européias e o índice de participação nessas eleições estar cada vez mais baixa. Além de ter dito não ao plebiscito da Constituição européia, o que impediu sua aplicação.
Um exemplo: A comissão européia queria aplicar as normas de pasteurização dos queijos, isto provocou a ira dos franceses! Nada de retirar os maus cheiros dos queijos, quando mais fede melhor é! Minha família é de queijeiros em Paris, eles em são capazes de votar contra a Europa se a Comissão toca no modo ancestral de fabricação dos queijos! São 360 tipos de queijos, ai no Brasil todos conhecem a famosa frase de De Gaule: Como governar um pais com 360 qualidades de queijos?
A Mariana, símbolo da Republica Francesa estaria como a Tereza Batista cansada de guerra?
Nesses últimos anos, a vida republicana, passa por um desgaste político. Ela é confrontada aos escândalos políticos, denúncias de abuso de poder, de corrupção, que afetou tanto a esquerda como a direita no poder. Verifica-se também, uma excessiva profissionalização da vida política, a maioria dos políticos sai da mesma Escola de Administração ou de Ciências políticas. Esse elitismo político hoje é bastante criticado, as camadas populares e a chamada França mestiça não se sentem representadas. Os políticos se agarram ao poder e à sua concentração. O chamado “acúmulo de mandato à la francesa”, além do tempo ilimitado para governadores e prefeitos. Vale ressaltar para os leitores brasileiros que a França não é um país federalista e seu funcionamento institucional de administração política territorial é distinta do Brasil. Os governo estadual é representado pelos conselhos regional e conselho departamental. Os eleitos locais não são submetidos a regras de limite de mandato. E somente há pouco tempo o mandato presidencial foi limitado. Eles podem ser senador, deputado, conselheiros, prefeito, vereadores ao mesmo tempo. A esquerda limitou o acumulo de mandato, mas a direita ao chegar no poder não respeitou e a esquerda se calou....
Tudo isso, ao meu ver são responsáveis pelo desinteresse da vida partidária dos concidadãos franceses. O fato dos políticos saírem da mesma forma, tirou o ardor da confrontação política, o debate consensual tornou a política híbrida, sem o sabor, desnuda da utopia do possível de mudanças de vida melhor, isenta dos debates contraditórios. Os políticos franceses foram também afetados pelo chamado pensamento único, o lobbyng internacional foi forte ao passar a falsa imagem que as ideologias estavam mortas e fazer perdurar uma única ideologia. A ideologia neoliberal! Para um povo brigão, de tradição revolucionaria a política partidária foi perdendo seu brilho. Daí ele passou a usar a rua como um espaço de expressão política de descontentamento, e em período de eleições a abstenção vai ser cada vez mais forte, além dos votos nulos e em branco. Somando tudo diríamos que a metade da população francesa boicota as urnas! Vale ressaltar que o voto aqui não é obrigatório. Os jovens herdeiros de 68, que tinham a imagem saudável dos que participaram na revolução dos costumes, na quebra de inúmeros tabus e as regras rígidas do funcionamento da sociedade francesa, ao ver o acomodamento de muitos deles hoje deputados, senadores, prefeitos etc, integrantes da classe política, os jovens que necessitam de sonhos, preferem criar novas formas de militantismo. Os jovens não estão despolitizados como gostaria que fosse a direita que ocupa o poder e que tudo faz pela despolitização da vida política. O desencanto da vida partidária não quer dizer desencanto da política!
Enquanto franco-brasileira, não sou somente uma observadora da vida política, sou também militante, fui delegada sindical, participo de alguns movimentos e tenho uma vida associativa. Sou membro do conselho cientifico da ATTAC- “l’Association pour la taxation dês transactions financière et pour l’action citoyenne”, uma das organizações que fundou o Fórum Social Mundial. Uma nova forma de militantismo emerge na França. Face ao desencantamento da vida política e o desengajamento militante nos partidos, os políticos tiveram que inovar no modo de fazer política. A ultima eleição presidencial houve uma forte participação de jovens inscritos para votar. A maioria votou na candidata socialista Segolène Royale no segundo turno. Pela primeira fez na França os cidadãos se apropriam do uso as novas tecnologias de Web, os celulares, a Wi-Fi, os blogs como veículos de informação para campanha eleitoral. Os debates via internet salvou a morosidade do debate clássico na televisão que personalizou a política em torno da figura de Ségolène e Sarkozy deixando de lado o debate sobre os programas e o resultado catastrófico da política do qual Sarkozy foi Ministro em todos os dois mandatos de Jacque Chirac.
Vale ressalta-se também o interesse que despertou a metodologia participativa criada pela candidata do partido socialista Ségolène Royal. Na ultima eleição presidencial, ela tentou quebrar a rigidez de seu partido, obrigando o partido a realizar uma primaria submetida ao voto dos militantes, do qual ela sai vitoriosa. Ela criou os debates participativos para lançar sua campanha e construir o programa de governo. Ela foi bastante criticada por outros partidos de esquerda e direita, todavia, deve-se reconhecer que ela contribuiu ao aumento de nível de participação levando a maioria dos jovens a votarem nela. Entretanto, a divisão da esquerda e não adesão dentro do seu próprio partido (muitos votaram na direita) deu a vitória ao Sarkozy. Todavia os franceses voltaram a boicotar o sufrágio universal na eleição legislativa e européia.
Quanto ao povo brasileiro: Talvez o povo seja mais pacato, mais acomodado na exigência de direitos que os franceses. Ao contrario do povo francês, o povo brasileiro age de modo mais passional que racional, sobretudo na política. Temos que levar em conta que nossa democracia é muito nova comparada a França, a ditadura interrompeu o amadurecimento político democrático.
A democracia é também uma cultura e não somente um conjunto de garantias institucionais. Se a democracia supõe-se o reconhecimento do outro como sujeito, a cultura democrática é aquela que reconhece as instituições políticas como lugar principal do reconhecimento do outro. A construção do poder democrático e ético é ainda um desafio a ser vencido na nossa jovem democracia. Penso sempre que numa jovem democracia como a nossa, se deveria ensinar educação cívica nas escolas públicas (do primário ao secundário), não como se fazia na época da ditadura, que predominava o nacionalismo. Deveríamos ensinar aos nossos jovens o que é o Poder, qual a função do poder político, quais são as qualidades necessárias para o exercício do poder político. O que representa o Estado, essa abstração teórica criada pela inteligência humana, o que é um Bem Público, e como cidadão porque temos que ter deveres e obrigações frente à República e porque temos que exigir os direitos, etc. Aprender que a política representa convivência solidária e que o Estado somos nós. Dai o povo entenderá porque se deve pagar impostos corretamente e exigir que o orçamento público oriundo dos impostos possa ser aplicado corretamente e os projetos sejam definidos com critérios de prioridade etc. A democracia deve ajudar os indivíduos a serem sujeitos, capazes de resistir os perigos mortais que podem matar uma democracia, onde o poder corrompido é um deles.
A sociedade brasileira há séculos convive com o famoso “jeitinho” integrante do vírus da corrupção, que faz que hoje existe pequenos, médios e grandes corruptos em todas as esferas de poder. Por isso a moralização da vida publica pode ser um bom assunto de discussão e começa pela nossa própria avaliação de como eu e você nos relacionamos com o poder. O povo não pode perder a capacidade de se revoltar, de se indignar frente ao poder corrompido e às injustiças ligadas ao modo de lidar com o poder e de lutar pelo resgate da ética na política. Por isso diferente da França revolucionaria, que criou a guilhotina que fez rolar milhares de cabeças para impor o ideal republicano, nossa verdadeira revolução no mundo pós-moderno deve ser construtiva e educadora. Somos uma jovem nação ainda em construção. Terminei entrando em outra analise política, todavia necessária para entender a relação do povo brasileiro com a política seu comportamento em época de eleição e por que o clientelismo político perdura até hoje na vida política.
2) Como você vê o comportamento da grande mídia brasileiro na cobertura do Governo Lula. O que difere a Mídia do Brasil com a da França? Nesses últimos anos o debate político no Brasil perdeu o brilho da racionalidade que exige a boa análise, aquela análise que contextualiza, que coloca a nu certas contradições e cujo conteúdo leva o leitor a refletir sobre sua realidade. A grande mídia brasileira nivelou por baixo o conteúdo do debate político, dando relevância a baixaria verbal de cenas de desrespeito republicano entre os políticos. Isto não enaltece nossa democracia. Por exemplo: A mídia não soube tratar a questão da corrupção como vírus nacional e combatê-la; preferiu fazer do tema, uma campanha nacional e internacional contra o PT. Eu fiz um artigo nesse sentido no observatório da imprensa. Disse que a imprensa seria a principal derrotada na eleição presidencial passada. Ela terminou perdendo a credibilidade de suas denúncias, a luta contra a corrupção é uma batalha continua e não somente partidária. Quando a politicagem substitui o senso nobre da política torna-se perversa para a democracia, e, nada acrescenta à educação do povo brasileiro. Logicamente a televisão, certas revistas e jornais alimentam e provoca o baixo nível do debate político e nada ajudam na construção de uma cidadania política do povo brasileiro.
3) A grande mídia mundial vem perdendo espaço e credibilidade para a mídia alternativa, principalmente o jornalismo de blog. Qual a tua visão dessa nova mídia, e a importância que ela tem para democratização da informação e da politização? Temos que ter um enorme senso de responsabilidade política, quando analisamos o papel da grande mídia, para não cair em simplicidade da analise de acusação e colocar todos os jornalistas no mesmo saco. No Brasil existem jornalistas imparciais e que detém uma certa ética profissional, basta ver o sucesso de alguns que decidiram louvar a profissão criando blogs que respeitam a liberdade de expressão e a pluralidade política. Coisa difícil de se ver com raríssimas exceções, na grande mídia brasileira. A originalidade da internet, e, sua aceitação generalizada no plano mundial demonstra a sede de liberdade e, uma certa vitória do exercício da cidadania no que se refere à vida política.
Num mundo em que a globalização econômica transformou tudo em mercadoria, onde o lucro predomina a todo custo, faltava o controle da imprensa mundial. Basta ver como em cada país capitalista quem controla a mídia! É notório que o fortalecimento do quarto poder era uma condição sine-qua-non para por em pratica o lobbyng internacional disposto a vender a boa imagem de um mundo global! Nasce então a autoproclamada governança mundial, criada com um aparato de comunicação importante para defender os interesses da ideologia neoliberal. Uma quase estratégia de guerra econômica, onde os mais bem instrumentalizados dominam e impõe suas regras. Uma minoria governa sem legitimidade para uma maioria. Ano passado quando estourou a crise financeira mundial eu escrevi um artigo no “Le Monde diplomático do Brasil (do 13 de dezembro 2008) nesse sentido.
As agências multilaterais prescreveram o receituário da “boa governança”, que refletia o poder hegemônico das finanças dos detentores do capital (norte-americanos e, em seguida, europeus). Eles pretendiam administrar o aparelho de Estado dos países do Sul, pelo centro do sistema do capitalismo mundial, neutralizando, dessa forma, o poder dos Estados como entidades reguladoras. O FHC se submeteu sem questionamento à esses preceitos. O resultado das reformas adotadas pelo Estado neoliberal foi desastroso para o interesse geral das populações dos países do Sul. Face a essa hegemonia, o cidadão desprovido do Estado Protetor, só tinha como meio de expressão para protestar, para gritar a revolta incontida a internet, nisso se explica por exemplo, a vitória da esquerda democrática na América latina. Os cidadãos infligiram a maior derrota aos grupos econômicos que controlam os meios de comunicação.
Para países em ditadura ou que viveram a ditadura a internet representou um excelente espaço de democratização. Nos países de tradição democrática e de liberdade de expressão tal como a França, a Internet serviu para denunciar o pensamento único da ideologia neoliberal, os franceses continuam a ter um comportamento de resistentes, e, defendem a permanência do Estado Protetor, denunciam a crescente concentração da mídia mãos de grupos econômicos. Hoje existe o Mediapart jornal criado pelo ex. Diretor do Le Monde Edwy Plinel, que não suportou a dependência de seu jornal aos interesses dos grupos econômicos e nem tão pouco de grupos políticos. Seu jornal eletrônico que é pago é um sucesso!
Os internautas conseguem criar redes para denunciar os atentos à liberdade de expressão, os atentos aos direitos humanos, e pressionar os políticos com diferentes formas de protestos e uso de petições na defesa das conquistas sociais ameaçada pelo rolo compressor do capitalismo selvagem que continua ameaçando o mundo do trabalho. A força de contra poder da internet com utilidade política pode ajudar a grande mídia a valorizar a parcialidade em suas informações e analises e valorizar o verdadeiro jornalismo. Na França pelo menos ainda existe uma certa ética profissional, apesar da pressão hoje exercida em cima dos jornalistas pelo governo de direita do Senhor Nicolas Sarkozy. O nível do debate baixou nesses últimos anos, apesar disso, seria impossível comparar com o Brasil. A riqueza da historia política da França, sempre residiu na capacidade intelectual de saber explorar as contradições fazendo uso das analises políticas comparativas. Infelizmente, o embate das idéias, que aprofunda as analises políticas comparadas, em um sistema democrático, teve morte anunciada na ultima campanha presidencial francesa, dando lugar ao jornalismo “light” meio americanizado onde o marketing político esmaga o aprofundamento do debate. Todavia vale ressaltar mais uma vez a especificidade francesa, existe um órgão do estado que controla o equilíbrio da mídia e qualquer derrapagem racista, discriminatório que coloquem em causa os valores republicanos são investigados e sujeitos a sanções.
4) Qual a análise que você faz da possível candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva pelo PV? Sobre esse assunto eu já coloquei meu ponto de vista em uma carta aberta para Marina e uma resposta coletiva que eu dei aos inúmeros e-mails que recebi, inclusive ofensivos, pessoas que leram rápido e não entenderam a mensagem que eu tentei passar. Em nenhum momento ofendi a Marina, que é uma pessoa que eu tenho um enorme carinho e respeito. Alguns deram interpretação errada ao que escrevi, eu me refiro aos ecologistas iluminados e não a Marina que é minha companheira amiga e conterrânea. Minha intenção foi de provocar o debate dentro do próprio partido, que também participei de sua fundação. Às vezes sou provocadora, mas espero sempre contribuir para elevar o nível do debate político. Apenas gostaria que Marina permanecesse dentro do PT (reler minha carta aberta). Mas respeito sua escolha, apenas ficarei triste de ver uma pagina de nossa historia se virar sem sua presença. O PV não tem representatividade política, se ela ficou 30 anos dentro do PT, foi Ministra do Meio Ambiente com toda liberdade de ação, pois tinha apoio popular para por em pratica um plano de ação ministerial articulado com os vários programas governamentais de inclusão social. Vou mais uma vez provocar o debate junto aos amigos ecologistas e ambientalistas que eu chamei de iluminados, estes que se encontram no PV, um partido desgastado que quer se fortalecer com a presença da Marina, todavia pode existir nessa jogada política uma cilada: enfraquecer o campo aliado e a esquerda brasileira, o que dará sem duvida nenhuma a vitória dos conservadores de direita aliados do PSDB. Acho que devemos sair do jargão da moda de conceito de desenvolvimento sustentável, que me parece vazio e sem fundamentação. O verdadeiro desenvolvimento leva em conta a dimensão cultural dos povos e trata de forma pluri-disciplinar os problemas que afetam a população. O econômico, o social, o político, o meio ambiente formam um todo, isto exige uma visão sistêmica da realidade. O centro de interesse de uma ação de desenvolvimento gira em função da dimensão humana. Todos os atores sociais de forma organizada devem participar da elaboração, na execução e no acompanhamento de qualquer ação que lhes concerne. O controle social se integra ao exercício da cidadania ativa.
Eu acho que Marina não precisa sair do PT pra defender sua bandeira(quando a entrevista foi feita, Marina Silva ainda era do PT), ela já veio para o PT com essa convicção e já contribuiu para muitos avanços, por isso, eu insisto a dizer que si Marina quer realmente ser candidata nas próximas eleições que ela abra uma discussão franca dentro do PT. O ideal seria termos duas mulheres na Presidência, sugiro que as duas firmem um contrato de objetivos junto com os militantes para que essa concepção integrada do desenvolvimento participe de fato na transformação de nossa realidade e seja posta em pratica em todos os rincões do nosso Brasil. Daremos exemplos para o mundo de verdadeira sustentabilidade.
Assim com eu já disse nos meus escritos, a ecologia deixará de ser somente um jargão político. Ela sairá do campo da mística dos ecologistas iluminados para integrar o campo da ação concreta do desenvolvimento territorial integrado e solidário.
5) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou no 31 de julho da entrega de 5,2 mil laptops na cidade de Piraí, na região do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro, para alunos da Escola Pública. Lula teria agido como Dragão do Mar e Princesa Isabel no passado, libertando os pobres do direita a informação?
Considerações finais: O ultimo item eu não posso te responder, pois não segui e me faltam informações. Todavia com todas as criticas que podemos fazer ao governo Lula, principalmente concernente às questões ambientais e ao agro-negócio, o poder aquisitivo dos pobres melhorou nas regiões mais miseráveis como é o caso do Nordeste. A taxa de mortalidade diminuiu, a população pobre se alimenta melhor. Segundo o que pude ler em artigos universitários as desigualdades também diminuíram no Brasil. Vamos esperar o final do governo Lula, para poder fazer de fato um balanço de suas ações e ver se ele cumpriu com a prioridade principal de seu governo.
Na posse de seu segundo mandato Lula disse: « O Brasil ainda é igual, infelizmente, na permanência de injustiças contra as camadas mais pobres. Porém é diferente, para melhor, na erradicação da fome, na diminuição da desigualdade e do desemprego. É melhor na distribuição de renda, no acesso à educação, à saúde e à moradia. Muito já fizemos nessas áreas, mas precisamos fazer muito mais.” A cada brasileiro o direito de avaliar o Presidente e verificar se os esforços empreendidos merecem de ser continuado. Ficaria muito feliz se a mídia usasse da imparcialidade para fazer um balanço comparativo com os dois mandados de FHC e Lula e que o povo brasileiro com consciência de causa pudessem julga-lo através de seu voto.
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