Hora do Povo: A ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, deu um depoimento contraditório na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, na última terça-feira (18), confirmando que não tinha nada a esclarecer ou revelar, obrigando seus patrocinadores na mídia a fazer contorcionismos para manter no noticiário o disse-me-disse anti-Dilma. Um certo apresentador de uma certa TV admitiu que Lina não tinha provas de nada, mas que ela mostrou a “interferência” do governo num órgão do governo e que isso era “inadmissível”. “Não me lembro do dia e do horário do encontro. Recordo-me apenas que a ministra Dilma me chamou ao seu gabinete através de sua secretária, Erenice Guerra. Nesse encontro, a sós, e que não passou de dez minutos, ela perguntou se eu poderia agilizar as fiscalizações nas empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney”, declarou a ex-secretária.
“A ministra me disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade”, afirmou a ex-secretária, contrariando o que a Folha de S. Paulo disse que ela havia dito. Segundo a Folha, ela interpretou o suposto pedido de Dilma como um ato para encerrar a investigação. A líder do bloco governista, Ideli Salvatti (PT/SC), assinalou que ao negar no depoimento que tenha sido alvo de coação no processo fiscal, Lina Vieira caiu em contradição com o que afirmou antes sobre o encontro. “Ou a senhora mentiu para a Folha ou mentiu aqui”, frisou. Ela também observou que se o pedido da ministra “tivesse ocorrido”, não poderia ser compreendido de modo diferente de uma recomendação da Justiça à Receita, revelada pela ex-secretária, em favor da aceleração da investigação. O senador Wellington Salgado (PMDB/MG) estranhou que ela não recordasse pelo menos o dia, já que era uma reunião com uma ministra.
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