DA REPORTAGEM LOCAL - JOSÉ ALBERTO BOMBIG - ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO
A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) defendeu ontem a candidatura do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) ao governo do Estado e confirmou que irá concorrer em 2010, provavelmente à Câmara dos Deputados.
Marta disse à Folha que a absolvição de Palocci "é [um fato] bom para o Brasil e é bom para o PT". A ex-prefeita, que já defendia o nome do ex-ministro como candidato ao governo mesmo antes do STF (Supremo Tribunal Federal) livrá-lo de uma ação por violação de sigilo, diz que Palocci terá agora a chancela do partido.
Palocci foi liberado pelo STF, que rejeitou, por 5 votos a 4, a abertura de processo criminal pela quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006. Ao comentar o resultado apertado e se ele poderia ser utilizado nas eleições contra Palocci, Marta usou o futebol como metáfora. "Absolvição é absolvição. Condenação é condenação. É como jogo de futebol: quem ganha leva", disse. O apoio incondicional à candidatura Palocci não é unânime no PT. O prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), um dos pré-candidatos, afirmou que não abrirá mão automaticamente do sonho de concorrer ao governo paulista em favor do ex-titular da Fazenda.
"Ele é um grande quadro do partido. Todos devemos comemorar o resultado do Supremo. Mas, se quiser ser candidato, terá de negociar de compor com as demais alas", disse. Em Ribeirão Preto, Palocci celebrou a sua absolvição no Supremo apenas com os familiares e os aliados políticos mais próximos e pediu a todos que evitassem demonstrações públicas de euforia. Seu temor é de que eventuais festas e declarações de desagravo possam ser utilizadas pela oposição para reforçar a imagem do "homem poderoso que venceu o caseiro humilde" com a ajuda da Justiça. Mesmo sem ter anunciado se é ou não candidato à sucessão de José Serra (PSDB), o ex-ministro da Fazenda será um dos responsáveis pela elaboração de um programa eleitoral para nortear o PT em São Paulo e também irá participar das articulações com outras siglas.
Marta e Ciro - Marta deu a entender que a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo não deve ser um fator que faça o PT desistir da candidatura própria. "[Concorrer em São Paulo] é uma decisão que concerne a Ciro", disse. Ela, entretanto, defende que o PT amplie as alianças políticas em 2010. O deputado disse à Folha que a absolvição de Palocci "não muda nada" em relação à sua situação. "Sempre achei que o Palocci era uma pessoa bem cotada para o governo de São Paulo ou para qualquer outra tarefa", disse.
A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) defendeu ontem a candidatura do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) ao governo do Estado e confirmou que irá concorrer em 2010, provavelmente à Câmara dos Deputados.
Marta disse à Folha que a absolvição de Palocci "é [um fato] bom para o Brasil e é bom para o PT". A ex-prefeita, que já defendia o nome do ex-ministro como candidato ao governo mesmo antes do STF (Supremo Tribunal Federal) livrá-lo de uma ação por violação de sigilo, diz que Palocci terá agora a chancela do partido.
Palocci foi liberado pelo STF, que rejeitou, por 5 votos a 4, a abertura de processo criminal pela quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006. Ao comentar o resultado apertado e se ele poderia ser utilizado nas eleições contra Palocci, Marta usou o futebol como metáfora. "Absolvição é absolvição. Condenação é condenação. É como jogo de futebol: quem ganha leva", disse. O apoio incondicional à candidatura Palocci não é unânime no PT. O prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), um dos pré-candidatos, afirmou que não abrirá mão automaticamente do sonho de concorrer ao governo paulista em favor do ex-titular da Fazenda.
"Ele é um grande quadro do partido. Todos devemos comemorar o resultado do Supremo. Mas, se quiser ser candidato, terá de negociar de compor com as demais alas", disse. Em Ribeirão Preto, Palocci celebrou a sua absolvição no Supremo apenas com os familiares e os aliados políticos mais próximos e pediu a todos que evitassem demonstrações públicas de euforia. Seu temor é de que eventuais festas e declarações de desagravo possam ser utilizadas pela oposição para reforçar a imagem do "homem poderoso que venceu o caseiro humilde" com a ajuda da Justiça. Mesmo sem ter anunciado se é ou não candidato à sucessão de José Serra (PSDB), o ex-ministro da Fazenda será um dos responsáveis pela elaboração de um programa eleitoral para nortear o PT em São Paulo e também irá participar das articulações com outras siglas.
Marta e Ciro - Marta deu a entender que a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo não deve ser um fator que faça o PT desistir da candidatura própria. "[Concorrer em São Paulo] é uma decisão que concerne a Ciro", disse. Ela, entretanto, defende que o PT amplie as alianças políticas em 2010. O deputado disse à Folha que a absolvição de Palocci "não muda nada" em relação à sua situação. "Sempre achei que o Palocci era uma pessoa bem cotada para o governo de São Paulo ou para qualquer outra tarefa", disse.
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