"Vamos brigar feio pela liberdade na internet nas eleições. Na derrota, o caminho é a orientação de Thoreau para leis estúpidas: desobedeça." A declaração é do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) à decisão draconiana embutida na reforma eleitoral que estabelece censura ao uso da Internet nas campanhas. O curioso é que Gabeira não citou o pensador, autor de "A Desobediência Civil", muito menos se opôs formalmente ao projeto na sessão extraordinária da Câmara dos Deputados, em julho, quando a censura à internet foi simplesmente referendada sem objeção alguma dos congressistas. Ali, Gabeira não mostrou nenhuma disposição de briga. Na proposta de reforma eleitoral aprovada pelas comissões do Senado (depois de aprovada na Câmara), blogs, sites e portais estão proibidos de emitir opinião favorável sobre candidatos - o dispositivo, convenhamos, é uma "obra prima" do senador tucano Eduardo Azeredo (MG) relator da proposta na Casa.
Oposição disfarça para não dizer que medida é boa para ela - É um prato cheio para a oposição que já domina o noticiário do país, com matérias editorializadas e em contínua campanha eleitoral e contra o governo Lula. A sociedade brasileira precisa reagir a essa medida, uma verdadeira marcha ré no tempo. Na realidade, o retorno à Idade das Trevas e à censura que, de forma alguma, condizem com o espírito do século XXI e a liberdade que a internet possibilita atualmente. Aliás, até ouso dizer: é a única quando se trata de conteúdos de comunicação e veiculação. Mas, não vamos chorar sobre o leite derramado. Ainda dá tempo de lutarmos contra essa medida defendida pelos senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e por outros parlamentares que a aprovaram. Ela retorna ao plenário da Câmara (por ter sido modificada no Senado) e para ter validade na campanha/eleição do ano vem, precisa ser sancionada pelo presidente Lula até o dia 03 de outubro. Então, vamos à mobilização já contra ela! Zé Dirceu
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