da Folha Online - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira o que classificou como "covardia" de alguns setores da economia durante o período mais agudo da crise econômica. Lula citou especificamente a indústria automobilística, que segundo ele, foi desativada em novembro e dezembro do ano passado. Para ele, o Brasil deveria ter sentido efeitos menores da crise internacional. "O Brasil não tinha que ter passado pela crise que passou. Houve uma certa covardia de setores. A gente despencou com medo do pânico vendido pela imprensa", declarou, durante abertura Encontro Nacional da Indústria da Construção, no Rio. Lula destacou que o "tempo de acanhamento econômico acabou", e que é necessário pensar em novos projetos de desenvolvimento para o futuro. Nessa linha, o presidente reafirmou que vai criar uma segunda versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a partir de janeiro do ano que vem. "Este país não pode retroceder, e não falta dinheiro para que isso não aconteça. Às vezes falta projeto", disse. Em discurso, no qual defendeu a soberania do país, Lula afirmou que o pré-sal vai levar o país ao pleno desenvolvimento, eliminando abismos sociais, educacionais e culturais. Ele ressaltou que a proposta do governo para a exploração da promissora região petrolífera transcende seu governo, e vai além do tempo da geração atual. "Anunciamos o pré-sal, e decidimos ampliar a avenida de uma nova soberania", afirmou, acrescentando que o investimento no pré-sal vai se somar ao "horizonte extraordinário" que o país tem na economia. O presidente voltou a criticar a burocracia do país, que segundo ele, emperra projetos importantes. Ele atacou também o poder que os órgãos fiscalizadores têm para paralisar as obras.
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