quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O "boi de piranha", o tucanato apátrida e a soberania sobre o "Pré-Sal"

Blog FICA SARNEY:

A política para o “Pré-Sal” foi colocada na mesa com muita competência técnica e política. E também, há que se admitir, muita capacidade na área da comunicação. A grande imprensa estrebuchou. A oposição ficou falando sozinha. Tentaram logicamente desqualificar a política adotada, mas tudo ficou por isso mesmo. O governo federal soube mostrar, ao contrário do que se tentou fazer crer, que tem projeto e que controla soberanamente a situação no que se refere às possibilidades de exploração do chamado “Pré-Sal”. Teria alguns pontos ainda para serem saneados, como a própria existência da ANP – Agência Nacional do Petróleo. Isto porque aquilo se transformou, desde que foi criada por FH&Cia, num instrumento canalha de controle das transnacionais sobre a política energética do petróleo brasileiro. Além de estar incumbida de realizar os vergonhosos leilões, a agência teve em seus quadros de diretores figuras manjadas como o senhor Nelson Narciso, que trabalhou para a transnacional ianque Halliburton, maior concorrente estrangeira da Petrobras em assuntos de águas profundas. Segundo denúncia da Associação de Engenheiros da Petrobras, a Halliburton estaria controlando o banco de dados da ANP através de uma subsidiária, a Landmark Digital and Consulting Solutions. Nunca é demais lembrar que a Halliburton é uma das empresas que mais faturou com o genocídio provocado pelos EUA no Iraque e que já foi presidida nada mais nada menos do que pelo neocon Dick Cheney, ex-presidente dos EUA.
Recentemente, como mostramos neste blog, apelaram para a “cola”. Estiveram por trás do roubo de informações confidenciais contidas em notebooks da Petrobras. Informações sobre anos de pesquisas da estatal brasileira, pagas com dinheiro nacional e público, sobre as nossas potencialidades petrolíferas, foram roubadas. Ou seja, a empresa gringa não queria se arriscar com pesquisas próprias. Preferiu roubar informações certas da concorrente. E o “governo” estipendiário de FHC foi o grande culpado poe situações como essas. Pois liberou de bandeja dados estratégicos nacionais para os técnicos estrangeiros. Dados que hoje seguramente estão sendo utilizados nos leilões do petróleo. Ou seja, a própria criação da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo FHC, assim como a quebra do monopólio estatal do petróleo, representada pela Lei 9.478, de 1997, são os instrumentos utilizados por aqueles que lucram com a desnacionalização dessa riqueza nacional. A verdade é que Lula, no cenário político atual, mesmo sabendo da necessidade de se acabar com tudo isso, não teria como fazê-lo sem grandes dores de cabeça políticas e risco institucional. Se tentasse, com certeza os ataques golpistas das forças poderosas da grande imprensa amestrada, financiada pelas transnacionais, não iriam se direcionar contra apenas contra Sarney, mas contra o próprio presidente da República. E é aí que a porca torce o rabo. Por isso, Lula e Sarney tiveram que se unir cada vez mais para enfrentar tudo isso. Sarney, ao apoiar Lula, aceitou servir de “boi de piranha” junto à imprensa justamente para amenizar a pressão sobre Dilma e Lula e a própria Petrobras. Em grande parte, isso ajudou os técnicos liderados por Dilma e Lobão, a trabalharem com tranquilidade. Não é por coincidência que os ataques a Sarney coincidiram com os ataques à Petrobras e se intensificaram justamente nas vésperas dos anúncios sobre o Pré-Sal. Esta é a verdadeira explicação do apoio irrestrito de Lula ao ex-presidente. Sarney diz que se sacrificou pelo PMDB, mas sua imolação tinha motivos muito maiores, que beneficiaram não só o governo Lula, mas todo o País. E parece que as coisas deram certo. Lula não pode acabar integralmente com a herança maldita de FHC na política petrolífera, mas, através da atuação competente e determinada dos ministros Dilma e Lobão, conseguiu criar uma armadilha contra os setores golpistas e anti-nacionais. O projeto do Pré-Sal foi feito de uma maneira muito inteligente, de modo que, mesmo não se mexendo na ANP e nos critérios entreguistas do período do Tucanato, pode garantir instrumentos decisivos para a preservação do patrimônio nacional, sempre com a preocupação em se garantir uma função social para os empreendimentos estatais. É isso.Leia mais sobre o assunto...

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