quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Por que BC e governo não reagem aos altos spreads?

Zé Dirceu comenta: Onde estão o Banco Central (BC) e o governo que não reagem, não tomam nenhuma providência e até parecem ignorar levantamento como esse que acaba de ser divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (Davos-Suíça), segundo o qual o "spread" cobrado pelos bancos no Brasil é o segundo maior do mundo? É assustador, mas de acordo com os dados do Fórum, o spread cobrado no Brasil é superado apenas pelo do Zimbábue (África), onde a inflação chegou a 231 milhões por cento em julho do ano passado. Pelo levantamento, o spread (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o cobrado dos clientes) brasileiro é maior do que a média das instituições financeiras de nada menos que 127 países!
Nada justifica spreads tão altos -
Nada os justifica, nem carga tributária, nem inadimplência, nem despesa com pessoal e muito menos o risco Brasil. Tampouco podem invocar os custos administrativos, porque estes são cobertos pelas tarifas exorbitantes - tão altas que cobrem estas despesas operacionais e ainda geram recursos e lucros altíssimos para as instituições financeiras. Não me venham, de novo, com a história da inadimplência no Brasil - uma das explicações usadas pelos bancos para justificar os juros altos - porque de acordo com o FMI ela era apenas a 16ª mais alta do mundo no 4º trimestre do ano passado auge da crise global. Além disso a inaimplência vem caindo continuamente nos últimos anos. Hoje a taxa de "calote" no Brasil já não está nem entre as dez mais altas do mundo.

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