terça-feira, 27 de outubro de 2009

DEM veta aparição de Serra em horário do partido na TV

Kassab enviou gravação em que aparece ao lado do tucano, mas cúpula diz que não pode exibir políticos de outra sigla. "Nunca foi cogitada a participação de tucanos, até porque seria ilegal", diz Rodrigo Maia, que tem demonstrado preferir Aécio.
CATIA SEABRA - DA REPORTAGEM LOCAL: A aparição do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), no programa partidário foi ontem nova causa de desavença na cúpula do DEM. Com a promessa de dois minutos para divulgação de seu trabalho, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, incluiu, na gravação, imagens ao lado de Serra. O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), no entanto, resiste à participação de tucanos, sob o argumento de que o programa -que irá ao ar nesta quinta- destina-se à promoção dos democratas. "Nunca foi cogitada a participação de tucanos, até porque seria ilegal", argumentou Rodrigo Maia, negando que a presença de Serra tenha sido objeto de discussão com Kassab.
Segundo ele, as imagens de Serra nem sequer foram enviadas ao partido, pois contrariaria o roteiro apresentado pela produtora GW, encarregada da edição da cota de Kassab.Mas, segundo democratas, Kassab e Maia discutiram o assunto. Maia pediu que participação de Serra fosse suprimida, alegando que o governador de Minas, Aécio Neves, não teria espaço no programa. Kassab manteve o material intacto. Outro problema teria sido a decisão de reduzir em 30 segundos a cota reservada a Kassab. Editado na Bahia, o programa é apresentado por Maia. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e os líderes no Senado, José Agripino (RN), e na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), gravaram participação no horário político. Para Onyx Lorenzoni (RS), só democratas devem aparecer na TV. "Como colocar candidatos de outros partidos?" Os democratas divergem ainda sobre a divulgação de uma pesquisa que indicaria que a maioria dos deputados do partido e do PPS prefere a candidatura de Serra à Presidência. "Não fui ouvido", disse Caiado. Esse é mais um capítulo da turbulência iniciada há duas semanas, quando Maia insinuou preferência por Aécio.

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